segunda-feira, 7 de março de 2016

Livro de Hebreus – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 13 Total de versículos: 303 Tempo aproximado de leitura: 20 min Autoria: Incerta. Data: entre 60 e 70 d.C. Local de origem: talvez Itália (Hb.13.24). Tema principal: A superioridade de Cristo. Classificação: Cristologia. Destinatários: Judeus cristãos que talvez residissem em Jerusalém "Hebreu" era o nome dado aos israelitas pelas nações vizinhas. Talvez tenha derivado de Éber ou Héber, que significa "homem vindo do outro lado do rio" (Jordão ou Eufrates) (Gn.10.21,24; 11.14-26; 14.13 Js.24.2). Abraão foi chamado de "hebreu". Temos então várias designações para o mesmo povo: - Hebreu: designa descendência. - Israel: destaca o aspecto religioso. - Judeu: da tribo de Judá ou habitante do reino de Judá. Alguns desses termos foram mudando um pouco de sentido com o passar do tempo. O "judeu" do Velho Testamento estava estritamente ligado à tribo de Judá. Depois do cativeiro, a maior parte dos que regressaram a Canaã eram da tribo de Judá. Então, "judeu" tornou-se quase um sinônimo de israelita, já que quase todos os israelitas eram judeus. O termo tem esse mesmo sentido genérico até hoje. O "hebreu" do Velho Testamento era todo indivíduo israelita. No Novo Testamento, esse termo passa a designar mais especificamente aquele israelita que fala aramaico e é mais apegado ao judaísmo ortodoxo, em contraposição ao "helenista", que é o israelita que fala grego e está mais influenciado pela cultura grega. Nesse sentido, veja Filipenses 3.5 e II Coríntios 11.22, nos quais o apóstolo Paulo cita com orgulho o fato de ser "hebreu" , assim como eram seus pais Autor: Embora alguns incluam o livro de Hebreus entre os escritos do apóstolo Paulo, a certa identidade do autor permanece um enigma. Em falta está a saudação habitual de Paulo que pode ser encontrada em suas outras obras. Além disso, a sugestão de que o escritor desta epístola baseara-se no conhecimento e na informação fornecida por pessoas que tinham sido testemunhas oculares reais de Jesus Cristo (2:3) torna duvidosa a autoria paulina. Alguns acham que Lucas foi o autor; outros sugerem que Hebreus tenha sido escrito por Apolo, Barnabé, Silas, Felipe, ou Áquila e Priscila. Independentemente de qual mão humana segurou a caneta, o Espírito Santo de Deus é o autor divino de toda a Escritura (2 Timóteo 3:16); portanto, Hebreus fala com a mesma autoridade canônica como os outros sessenta e cinco livros da Bíblia. Quando foi escrito: Clemente, um dos pais da igreja primitiva, citou o livro de Hebreus em 95 dC. No entanto, provas internas, tais como o fato de que Timóteo estava vivo no momento em que a carta foi escrita e a ausência de qualquer evidência mostrando o fim do sistema sacrificial do Antigo Testamento, o qual ocorrera com a destruição de Jerusalém em 70 dC, indicam que o livro foi escrito por volta de 65 dC. Propósito: O falecido Dr. Walter Martin, fundador do Instituto de Investigação Cristã e autor do best-seller Kingdom of the Cults (Reino das Seitas), disse em sua sarcástica e habitual forma de falar que o livro de hebreus foi escrito por um hebreu para outros hebreus para dizer-lhes que deixassem de agir como hebreus. Na verdade, muitos dos primeiros crentes judeus estavam caindo de volta aos rituais do judaísmo a fim de escaparem da crescente perseguição. Esta carta, então, é uma exortação para esses crentes perseguidos a continuarem na graça de Jesus Cristo. Versículos-chave: Hebreus 1:1-2: “Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo.” Hebreus 2:3: “…como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?…” Hebreus 4:14-16: “Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” Hebreus 11:1: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos.” Hebreus 12:1-2: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus.” Resumo: O livro de Hebreus trata de três grupos distintos: seguidores de Cristo, incrédulos que tinham conhecimento e uma aceitação intelectual dos fatos de Cristo, e incrédulos que tinham sido atraídos a Cristo mas que acabaram rejeitando-no. É importante entender a qual grupo cada passagem está se dirigindo, pois deixar de fazer isso pode levar-nos a tirar conclusões inconsistentes com o restante das Escrituras. O escritor de Hebreus menciona continuamente a superioridade de Cristo, tanto de Sua pessoa como do Seu trabalho ministerial. Nos escritos do Antigo Testamento, entendemos que os rituais e cerimônias do judaísmo simbolicamente apontavam para a vinda do Messias. Em outras palavras, os ritos do judaísmo eram sombras das coisas futuras. Hebreus nos diz que Jesus Cristo é melhor do que aquilo que qualquer mera religião tem a oferecer. Toda a pompa e circunstância da religião empalidecem em comparação com a pessoa, trabalho e ministério de Jesus Cristo. É a superioridade do nosso Senhor Jesus, então, que continua a ser o tema desta eloquente carta. Conexões: Talvez nenhum outro lugar do Novo Testamento esclareça o Antigo Testamento como faz o livro de Hebreus, o qual tem como seu fundamento o sacerdócio levítico. O escritor aos hebreus compara constantemente as insuficiências do sistema sacrificial do Antigo Testamento com a perfeição e realização em Cristo. Enquanto o Antigo Testamento exigia sacrifícios contínuos e uma expiação pelo pecado uma vez por ano, os quais eram oferecidos por um sacerdote humano, a Nova Aliança proporciona um sacrifício final através de Cristo (Hebreus 10:10) e acesso direto ao trono de Deus para todos os que estão nEle. Aplicação Prática: Rica na doutrina cristã fundamental, a epístola aos Hebreus também nos proporciona exemplos animadores de “heróis da fé”, os quais perseveraram apesar das grandes dificuldades e condições adversas (Hebreus 11). Os homens e mulheres pertencentes à lista dos heróis da fé fornecem provas irrefutáveis quanto à garantia incondicional e absoluta confiabilidade de Deus. Da mesma forma, podemos manter a confiança perfeita nas ricas promessas de Deus, independentemente das nossas circunstâncias, ao meditarmos na sólida fidelidade das obras de Deus nas vidas dos Seus santos do Antigo Testamento. O escritor de Hebreus proporciona um grande incentivo aos crentes, mas há cinco advertências solenes às quais devemos prestar atenção. Há o perigo da negligência (Hebreus 2:1-4), o perigo da incredulidade (Hebreus 3:7 – 4:13), o perigo da imaturidade espiritual (Hebreus 5:11-6:20), o risco de deixar de perseverar (Hebreus 10:26-39) e o perigo inerente de recusar a Deus (Hebreus 12:25-29). Assim encontramos então, nesta obra-prima suprema, uma grande riqueza de doutrina, um refrescante manancial de encorajamento e uma fonte de advertências práticas e sãs contra a preguiça em nossa caminhada cristã. Entretanto, ainda há mais, pois em Hebreus encontramos um retrato magnificamente do nosso Senhor Jesus Cristo, o Autor e consumador da nossa grande salvação (Hebreus 12:2). Esboço de Hebreus I. A superioridade da pessoa de Jesus 1.1-4.13 Jesus: Melhor do que os profetas 1.1-3 Jesus: Melhor do que os anjos 1.4-2.18 Jesus: Melhor do que Moisés 3.1-19 Jesus: Melhor do que Josué 4.1-13 II. A Superioridade do Ministério de Jesus 4.4-10.8 Jesus: Melhor do que Arão 4.14-5.10 O Sacerdócio de Melquisedeque, portanto Jesus, melhor do que o de Arão 7.1-8.5 Jesus é mediador de uma melhor aliança 8.6-10.18 III. A superioridade da caminhada da fé 10.19-13.35 Um chamado à segurança total da fé 10.19-11.40 A persistência da fé 12.1-29 Admoestações sobre o amor 13.1-17 Conclusão 13.18-25. Fonte: Bíblias de Estudo: NVI – Ed. Vida | Thompson – Ed. Vida | Genebra – Sbb | Plenitude – Sbb | King James – Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza : ronisouza2003@gmail.com Follow us: @Pronnysouza on | | @ronnyAsouza on Instagram Este e outros estudos você encontra no endereço abaixo: Blog.: http://www.vivendoemplenitude.blogspot.com.br Ministério “Abençoando vidas”

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