terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Livro de Salmos – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 150 Total de versículos: 2.461 Tempo aproximado de leitura: 120 min Salmos (do grego Ψαλμός, Música, pois a palavra que intitula muitos salmos no texto hebraico é Mizmor מזמור, Músical) ou Tehilim (do hebraico תהילים, Louvores) é um livro do Tanakh (fazendo parte dos escritos ou Ketuvim) e da Bíblia Cristã, vem depois do Livro de Jó, pois este encerra a sequência (AO 1943: seqüência) de livros históricos, e antes do Livro dos Provérbios, iniciando os livros proféticos e poéticos em ordem cronológica, sendo o primeiro livro a falar claramente do Messias (ou Cristo) e seu reinado, e do Juízo Final. É o maior livro de toda Bíblia e constitui-se de 150 (ou 151 segundo a Igreja Ortodoxa) cânticos e poemas proféticos, que são o coração do Antigo Testamento, é a grande síntese que reúne todos os temas e estilos dessa parte da Bíblia, utilizados pelo antigo Israel como hinário no Templo de Jerusalém, e hoje são utilizados como orações ou louvores, no Judaísmo, no Cristianismo e também no Islamismo (o Corão no cap. 17, verso 82, refere os salmos como "um bálsamo"). Tal fato, comum aos três monoteísmos semitas, não tem paralelo, dado que judeus, cristãos e muçulmanos acreditam nos Salmos que foram escritos em hebraico, depois traduzidos para o grego e latim. Autor: As breves descrições que introduzem os salmos listam Davi como autor de pelo menos 73 poemas. A personalidade e identidade de Davi estão claramente estampadas em muitos desses salmos. Embora seja claro que Davi escreveu muitos dos salmos individuais, ele definitivamente não é o autor de toda a coleção. Dois dos salmos (72 e 127) são atribuídos a Salomão, o filho e sucessor de Davi. Salmo 90 é uma oração atribuída a Moisés. Outro grupo de 12 salmos (50 e 73-83) é atribuído à família de Asafe. Os filhos de Coré escreveram 11 salmos (42, 44-49, 84-85,87-88). Salmo 88 é atribuído a Hemã, enquanto que Salmo 89 é atribuído a Etã, o ezraíta. Com a exceção de Salomão e Moisés, todos esses autores adicionais foram sacerdotes ou levitas responsáveis pelo fornecimento de música para a adoração no santuário durante o reinado de Davi. Cinquenta dos salmos não mencionam qualquer pessoa específica como seu autor (não tem título – s/ nome do texto). Data: O período em que os salmos foram compostos varia muito, representando um lapso temporal de aproximadamente um milênio, desde a data aproximada de 1440 a.C., quando houve o êxodo dos Israelitas do Egito até o cativeiro babilônico, sendo que muitas vezes esses poemas permitem traçar um paralelo com os acontecimentos históricos, principalmente com a vida de Davi, quando, por exemplo, havia fugido da perseguição promovida pelo rei Saul (Salmos 18, 52, 54) e de seu próprio filho Absalão (Salmo 3) ou quanto ao arrependimento pelo seu pecado com Bate-Seba (Salmo 51) mulher de Urias. Propósito: O Livro dos Salmos é o mais longo livro da Bíblia, com 150 salmos individuais. É também um dos mais diversos, já que os salmos lidam com temas como Deus e Sua criação, guerra, adoração, sabedoria, o pecado e o mal, julgamento, justiça e a vinda do Messias. Versículos-chave: Salmo 19:1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.” Estudar o livro de Salmos não é uma tarefa difícil, pois este livro bíblico é (diferente dos demais), pois não é um livro que contém uma história com começo, meio e fim. O livro é composto por salmos ou versos que numerados chegam a 150, e cada um possui seus versículos próprios. Muitos salmos são para louvar as qualidades de Deus, como o Salmo 93, que fala em poucos versículos da soberana majestade, do poder, da fidelidade, da santidade e da eternidade do Senhor. Vários salmos destacam características específicas de Deus – a sua justiça (96:13; 98:8-9), a sua santidade (99), a sua misericórdia (136). Curiosidades do livro de Salmos: • O Salmo 23 é um dos salmos mais citados no Velho Testamento. É o salmo da abundância e prosperidade – “O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará”. (Memo) • Os salmos de “lamentos” nº 54 a 61, mostram pessoas ou a nação de Israel; orando em tempos de crise. É o salmo mais comum na bíblia. (Remete oração em tempo de tristeza e desespero); • O Salmo 119 é o capítulo mais comprido da Bíblia, possui 176 versículos (remete a excelência do Senhor e sua lei) • Salmo 117 é o menor capítulo, possui apenas 2 versículos – “Porque a sua Benignidade é grande para conosco, e a Verdade do Senhor dura para sempre”; • Centro da Bíblia: Do total de 1.189 capítulos da Bíblia Sagrada, divididos por dois, dão-nos o resultado de 594 capítulos antecedentes ao Salmo 118, e 594 capítulos seguintes; ou seja, o Salmo 118 é mesmo o capítulo central da Bíblia Sagrada. “Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem” (Salmo 118,8) “Bíblia Almeida”; Algumas referências: Salmo 29:1-2: “Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.” Salmo 119:1-2: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração.” Salmo 51:10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.” Aplicação Prática: Cantar é um dos resultados de ser cheio do Espírito Santo ou da palavra de Cristo. Os salmos são o “livro de música” da igreja primitiva que refletia a nova verdade em Cristo. Nós podemos e devemos trazer todos os nossos sentimentos a Deus – não importa se é uma queixa ou apenas pensamentos negativos. Podemos ter certeza de que Ele vai ouvir e entender. O salmista nos ensina que a oração mais profunda de todas é um clamor de socorro quando nos encontramos oprimidos pelos problemas da vida. Salmos é um dos livros mais apreciados pelos cristãos. Quem nunca encontrou conforto e consolo em tempos de necessidade em suas páginas? Porém, sua autoria, teologia, interpretação e aplicação são temas que geram muitos debates que o tornam um dos livros mais complexos do cânon. Com relação à sua composição temos que distinguir dois aspectos: • a autoria de um Salmo específico • a composição do livro todo Alguns Salmos parecem ser datados do segundo milênio a.C. enquanto outros foram produzidos no período pós-exílico. Porém, a composição do livro de modo completo ocorreu apenas no período pós-exílico, isto é, após o ano 539 a.C. A autoria de cada um dos Salmos é deduzida a partir do seu título. Apenas 34 Salmos não possuem título. Dentro do grupo de Salmos que possuem título 100 apontam seu autor. O nome Salmos vem do grego Psalmoi, derivado da palavra psallo, que significa dedilhar, aludindo a um instrumento de cordas. Em hebraico o livro recebe o nome de Tehillîm, que significa cânticos de louvor. Os salmos estão organizados em cinco grandes livros, a saber: • Livro I: 1 a 41 • Livro II: 42 a 72 • Livro III: 73 a 89 • Livro IV: 90 a 106 • Livro V: 107 a 150 Esta divisão está contida nos manuscritos mais antigos, porém os estudiosos têm descoberto pequenas coleções de Salmos: • Coleção davídica I: 3 a 41 • Coleção dos filhos de Coré I: 42 a 49 • Coleção davídica II: 51 a 65 • Coleção de Asafe: 73 a 83 • Coleção dos filhos de Coré: II: 84 a 88 (exceto o 86) • Coleção de louvor congregacional I: 95 a 100 • Coleção Aleluia: 111 a 117 • Coleção Salmos dos Degraus (subida a Jerusalém): 120 a 134 • Coleção davídica III: 138 a 145 • Coleção de louvor congregacional II: 146 a 150 Estas coleções menores foram organizadas nos cinco livros vistos acima para compor o livro completo dos Salmos. Alguns especulam que o organizador realizou este trabalho para destacar a transição de um livro para outro para o leitor entender o assunto principal de um livro. Nesta organização os Salmos 1 e 2 formam a introdução do livro. Cada um dos livros que compõem os Salmos termina com uma doxologia, cujo propósito é dar louvor a Javé pelo que foi revelado sobre si em cada livro. Observe o padrão que se repete em Sl. 41:13; 72:18ss; 89:52; 106:48 e 150, que serve como fechamento geral da composição dos Salmos. O livro de Salmos, segundo os estudiosos, pode seguir o mesmo conceito aplicado no livro dos Reis, isto é, alguém coleta e organiza materiais de diversas fontes de acordo com um propósito teológico, desta forma a mensagem geral do livro transcende a mensagem particular de cada Salmo. Estudos comprovam que o livro de Salmos não foi completado de uma vez, pois suas partes I a III, encontradas nos manuscritos do Mar Morto (cerca de 150 a.C.), estão dispostas na mesma ordem que conhecemos hoje. Entretanto, os livros IV e V estão dispostos em outra ordem, o que pode significar que os livros I a III já estavam com sua ordem definida no fim do século II a.C., enquanto que os livros IV e V ainda estavam em processo de organização, concluído plenamente pouco antes do período de Cristo. Portanto, ao longo de quase mil anos, vários escritores compuseram suas poesias que foram organizadas em pequenas coleções em diferentes períodos da história com um propósito teológico. Com relação à forma os Salmos podem ser classificados em: louvor, lamento e sabedoria. Cada Salmo possui uma única forma, exceto o Salmo 22, onde os versos 1 a 21 são de lamento e os versos 22 a 31 são de louvor. Os Salmos não eram exclusivos do povo hebreu, pois os povos mesopotâmicos também se utilizavam deste recurso literário para expressar suas emoções à divindade. A semelhança dos Salmos hebraicos com os mesopotâmicos se encontra na forma dos Salmos: o louvor e o lamento. Contudo existem diferenças consideráveis entre os Salmos hebraicos e mesopotâmicos, e uma delas é a abordagem do adorador mesopotâmico. Os Salmos de lamento mesopotâmicos tem a intenção de manipular a divindade, e para isto recorre a rituais de magia, pois entende que é culpado em todas as situações, mesmo que não saiba a razão. Como entende que a divindade mesopotâmica não seja justa e coerente o adorador apenas se propõe a aplacar a ira divina. O adorador hebreu pressupõe sua inocência e não tenta manipular a Deus com rituais de magia e encantamentos. Quando os Salmos indicam claramente a culpa do autor, como é o caso do Salmo 51, a ofensa a Deus é sempre de caráter ético, enquanto o lamento mesopotâmico é relativo ao sacrifício impróprio no culto. Estrutura de Salmos Seguindo a teoria da organização teológica do livro dos Salmos, a seguinte estrutura é proposta: • I. Introdução – 1 e 2 • II. Conflito de Davi com Saul – 3 a 41 • III. Reinado de Davi – 42 a 72 • IV. Crise assíria – 73 a 89 • V. Introspecção sobre a destruição do templo e o exílio – 90 a 106 • VI. Louvor e reflexão sobre o retorno e a nova era – 107 a 145 • VII. Louvor final – 146 a 150 O livro de Salmos segue o padrão interpretativo da história narrada no livro de Reis e Crônicas, e sua organização não foi feita levando-se em consideração as circunstâncias na data de composição, mas de acordo com o propósito teológico da coleção. Por exemplo, os salmos 138 a 145 são davídicos, porém estão organizados na divisão pós-exílica do Livro dos Salmos. Ainda outros Salmos estão dispostos de forma a atingir o objetivo teológico do organizador, tais como: • 45 – Hino da coroação de Davi • 48 – Relação com a conquista de Jerusalém por Davi • 51 – Arrependimento de Davi • 78 – Reflexão sobre a queda do Reino do Norte • 90 – Salmo de Moisés no início da divisão exílica • 103 – Debate sobre o perdão de Deus dos pecados da Nação • 110 – Soberania divina com ênfase escatológica • 119 – Relação com a Lei como ênfase no período pós-exílico Outro exemplo da organização de acordo com o objetivo teológico é a coleção Aleluia (Salmos 111 a 117) que segue o Salmo 110 com os temas da fidelidade e governo divinos. A coleção Cântico dos Degraus (Salmos 120 a 134) remete à peregrinação de todo hebreu a Jerusalém. Esta coleção faz parte da seção do exílio no livro de Salmos, portanto os leitores refletiriam sobre o retorno a Jerusalém após o cativeiro babilônico. Propósito e conteúdo Com relação ao conteúdo, o livro de Salmos aborda os seguintes temas: • Reconhecimento da soberania de Deus • As formas variadas de louvor em todas as situações • Vindicação dos justos e castigo dos ímpios • A natureza e a criação de Javé • O consolo de misericórdia de Javé em tempos de crise O propósito de Salmos não está relacionado tanto com cada autor, pois cada um tinha suas razões e motivos para compor sua poesia. Antes está relacionado com a sua organização final, que tinha como objetivo mostrar a historia de Israel sob a perspectiva da aliança de Javé com o povo hebreu. O principio da retribuição: Segunda Parte O princípio da retribuição pode ser declarado em duas sentenças: 1. O justo prosperará e o ímpio será castigado com sofrimento 2. Os que prosperam são justos e os que sofrem são ímpios A primeira sentença é confirmada em todo o livro dos Salmos, porém a exceção à esta regra também é ensinada. A segunda sentença, embora não receba apoio bíblico, era senso comum entre os israelitas, pois entendia-se que, se Deus é justo como pode um justo sofrer ou um ímpio prosperar? Esta era uma questão muito delicada para o israelita no Antigo Testamento, pois não havia o conceito escatológico da esperança do céu. Nos salmos de lamento o autor se queixa da prosperidade dos ímpios e pede que Deus humilhe seus inimigos. Embora o salmista não se considere plenamente justo, ele se considera mais justo do que aquele que não temia a Javé. Por isso existem muitos salmos chamados imprecatórios (3, 28, 58, 109, 137). Nestes salmos vemos como o autor entendia o modo de Deus agir, pois, para que a justiça de Deus se confirmasse, o ímpio deveria ser castigado. Posto de outra forma, o pedido de castigo para o ímpio era a forma do salmista declarar o pecado daqueles que não andavam conforme a lei de Javé. O livro de Salmos mostra que os justos podem esperar uma retribuição de Deus por sua justiça, mas em nenhum lugar está mencionado que não haviam exceções a esta regra. A vida nem sempre é simples e a Bíblia não apresenta uma regra de justiça que sempre funciona em todos os casos. Reino Nove salmos mencionam especificamente o rei: 2, 18, 21, 45, 72, 89, 110, 132, 144. Destes nove, quatro falam sobre Davi. Estes salmos são frequentemente considerados messiânicos, isto é, sinalizam o reino eterno de um rei ideal da linhagem davídica. Porém, estes salmos também podem se aplicar a qualquer rei, pois citam o livramento, vitória e bênção para o rei que confia em Deus e segue os padrões estabelecidos pela aliança. Este padrão foi verificado nos reis da dinastia davídica que confiaram no Senhor, conforme relatado no livro dos Reis. O Messias, em comparação com estes reis, seria perfeitamente justo e desfrutaria de todas as bênçãos de Deus no seu reinado. Criação O povo hebreu era basicamente agrícola, e por isso dependia muito das condições climáticas para assegurar sua produção de alimentos. As bênçãos e maldições de Javé estavam ligadas à terra, que fazia parte da aliança. Os deuses dos povos pagãos estavam ligados ao clima e era necessário que o Deus dos hebreus estivesse fora desta regra teológica. Javé não estava preso às forças da natureza, por isso, nos salmos que tratam sobre a criação (8, 19, 29, 65, 104) Deus sustenta toda a criação (104), que revela a glória de Deus (19). As forças da natureza são instrumentos de Deus (29, 65) e por isso ele é glorificado acima da natureza, algo não possível nos sistemas religiosos dos antigos povos pagãos. Pequeno esboço do livro de Salmos: • Primeiro Livro de Salmos Capítulo: 1-41 • Segundo Livro de Salmos Capítulo: 42-72 • Terceiro Livro de Salmos Capítulo: 73-89 • Quarto Livro de Salmos Capítulo: 90-106 • Quinto Livro de Salmos Capítulo: 107-150 I. Livro I 1.1-41.13 Cânticos introdutórios 1.1-2.12 Cânticos de Davi 3.1-41.12 Doxologia 41.13 II. Livro II 42.1-72.20 Cânticos dos filhos de Corá 42.1-49.20 Cânticos de Asafe 50.1-23 Cânticos de Davi 51.1-71.24 Cânticos de Salomão 72.1-17 Doxologia 72.18,19 Versículo de conclusão 72.20 III. Livro III 73.1-89.52 Cânticos de Asafe 73.1-83.18 Cânticos dos filhos de Corá 84.1-85.13 Cânticos de Davi 86.1-17 Cânticos dos filhos de Corá 87.1-88.18 Cânticos de Etã 89.1-51 Doxologia 89.52 IV. Livro IV 90.1-106.48 Cânticos de Moisés 90.1-17 Cânticos anônimos 91.1-92.15 Cânticos “O Senhor Reina” 93.1-100.5 Cânticos de Davi 101.1-8; 103.1-22 Cânticos anônimos 102.1-28; 104.1-106.47 Doxologia 106.48 V. Livro V 107.1-150.6 Cânticos de ação de graças 107.1-43 Cânticos de Davi 108.1-110.7 Hallel Egípcio 111.1-118.29 Cânticos Alfabético sobre a lei 119.1-176 Cânticos dos degraus 120.1-134.3 Cânticos anônimos 135.1-137.9 Cânticos de Davi 138.1-145.21 Cânticos “Louvai ao Senhor” 146.1-149.9 Doxologia 150.1-6 Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de Jó – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 42 Total de versículos: 1.070 Tempo aproximado de leitura: 90 min O Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de Jó, onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava. As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito. A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o livro mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênesis. Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI AC. A Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro é posterior a Jeremias e Ezequiel, ou seja, escrito em uma época posterior ao Exílio na Babilônia, considerando provável sua composição no início do séc. V AC. A Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que a obra foi composta em várias etapas: • O prólogo (1:1-2:13) e o epílogo (42:7-17), seriam um conto folclórico que originalmente narrava a paciência exemplar de um homem da terra de Us (talvez em Edom, a sudeste do Mar Morto). Este conto circulava entre os sábios do Oriente Médio de formal oral desde o fim do Segundo Milênio AC, e foi recontado em hebraico na época deSamuel, David e Salomão (sécs. XI e X AC). • Servindo-se da bem conhecida história do infeliz Jó (Ez 14:14.20), um poeta da segunda geração do Exílio na Babilônia (aprox. 575 AC) compôs o poema (3:1-31:40; 38:1-42:6). • Os discursos de Elihu (32:1-37:24), que tratam do valor educador do sofrimento, seria uma adição posterior de outro autor. • Muitos pensam que o Elogio da Sabedoria (28:1-28) seria uma adição posterior. Autor: O Livro de Jó não revela especificamente o nome do seu autor. Os candidatos mais prováveis são Jó, Eliú, Moisés e Salomão. Quando foi escrito: A data da autoria do Livro de Jó seria determinado por quem foi o seu autor. Se Moisés foi o autor, a data seria por volta de 1440 AC. Se Salomão foi o autor, a data seria em torno de 950 AC. Já que não sabemos de certeza quem foi o autor, não podemos saber exatamente quando foi escrito. Propósito: O Livro de Jó nos ajuda a entender o seguinte: Satanás não pode nos afligir com destruição física e financeira sem a permissão de Deus. Deus tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer. Isso vai além de nossa capacidade humana de entender o “porquê” por trás de todo o sofrimento no mundo. Os ímpios vão receber o pagamento por suas ações. Nem sempre podemos culpar o nosso sofrimento e pecado em nossos estilos de vida. Sofrimento às vezes pode ser permitido em nossas vidas para purificar, testar, ensinar ou fortalecer a alma. Deus continua a ser suficiente e a merecer e desejar o nosso amor e louvor em todas as circunstâncias da vida. Versículos-chave: Jó 1:1: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” Jó 1:21: “e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” Jó 38:1-2: “Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?” Jó 42:5-6: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Resumo: O livro inicia com uma cena no céu onde Satanás aparece diante de Deus para acusar Jó. Ele insiste que Jó apenas serve a Deus porque o Senhor o protege. Satanás pede então pela permissão de Deus para testar a fé e lealdade de Jó. Deus concede a Sua permissão, mas apenas dentro de certos limites. Por que os justos sofrem? Esta é a pergunta feita depois que Jó perde sua família, sua riqueza e sua saúde. Os três amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar) aparecem para “confortá-lo” e discutir a sua enorme série de tragédias. Eles insistem que seu sofrimento é em castigo pelo pecado em sua vida. Jó, no entanto, continua a ser dedicado a Deus por tudo isso e afirma que sua vida não tem sido uma de pecado. Um quarto homem, Eliú, diz a Jó que ele precisa se humilhar e submeter ao uso de dificuldades por parte de Deus para purificar a sua vida. Finalmente, Jó questiona o próprio Deus e aprende lições valiosas sobre a Sua soberania e a sua necessidade de confiar totalmente no Senhor. Deus então restabelece a saúde, felicidade e prosperidade para muito além do seu estado anterior. Prenúncios: À medida que Jó pondera a causa de sua miséria, três perguntas vieram à sua mente, todas as quais são respondidas apenas em nosso Senhor Jesus Cristo. Essas questões ocorrem no capítulo 14. Primeiro, no versículo 4, Jó pergunta: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!?” A pergunta de Jó vem de um coração que reconhece que não pode agradar a Deus ou se justificar diante dEle. Deus é santo, nós não. Portanto, existe um grande abismo entre Deus e o homem que foi causado pelo pecado. Mas a resposta à pergunta angustiada de Jó é encontrada em Jesus Cristo. Ele pagou pela penalidade dos nossos pecados e trocou-a por Sua justiça, tornando-nos assim aceitáveis aos olhos de Deus (Hebreus 10:14, Colossenses 1:21-23, 2 Coríntios 5:17). A segunda pergunta de Jó: “O homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" (Versículo 10) é uma outra pergunta sobre a eternidade, vida e morte que é respondida apenas em Cristo. Com Cristo, a resposta a “expira o homem e onde está?” é vida eterna no céu. Sem Cristo, a resposta é uma eternidade nas “trevas” onde há “choro e ranger de dentes” (Mateus 25:30). A terceira pergunta de Jó, encontrada no versículo 14, é: “Se um homem morre, viverá outra vez?” Mais uma vez, a resposta é encontrada em Cristo. Nós realmente viveremos de novo se estamos nEle. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:54-55). Aplicação Prática: O Livro de Jó nos lembra que existe um “conflito cósmico” acontecendo por trás das cenas sobre o qual normalmente não sabemos nada. Muitas vezes nos perguntamos por que Deus permite algo, e acabamos questionando/duvidando da bondade de Deus sem ver a imagem completa. O Livro de Jó nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias. Devemos confiar no Senhor não apenas QUANDO não entendemos, mas PORQUE não entendemos. O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito” (Salmo 18:30). Se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. Isso pode não nos parecer possível, mas nossas mentes não são a mente de Deus. É verdade que não devemos antecipar que entenderemos a sua mente perfeitamente, pois Ele nos lembra “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:8-9). No entanto, a nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nEle, submetendo-nos à sua vontade, quer entendamos ou não. ESBOÇO DO LIVRO I. Prólogo (caps. 1 - 2) A. A felicidade de Jó (1.1 – 5) B. A provação de Jó (1.6 – 2.13) 1. Primeira acusação de Satanás (1.6-12) 2. A fé de Jó, a despeito das perda dos filhos e dos bens (1.13-22) 3. Segunda acusação de Satanás (2.1-6) 4. A fé de Jó durante o sofrimento (2.7-10) 5. A chegada dos três amigos (2.11-13) II. Diálogo-discussão (caps. 3 – 27) A. A lamentação inicial de Jó (cap.3) B. Primeiro ciclo de discursos (caps.4 – 14) 1. Elifaz (caps.4, 5) 2. Resposta de Jó (caps. 6, 7) 3. Bildade (cap.8) 4. Resposta de Jó (caps. 9, 10) 5. Zofar (cap.11) 6. Resposta de Jó (caps.12-14) C. Segundo ciclo de discursos (caps.15 – 21) 1. Elifaz (cap.15) 2. Resposta de Jó (caps. 16,17) 3. Bildade (cap.8) 4. Resposta de Jó (cap.19) 5. Zofar (cap.20) 6. Resposta de Jó (cap.21) D. Terceiro ciclo de discursos (caps.22 – 26) 1. Elifaz (cap.22) 2. Resposta de Jó (caps. 23,24) 3. Bildade (cap.25) 4. Resposta de Jó (cap.26) E. Discurso final de Jó (cap.27) III. Interlúdio sobre sabedoria (cap.28) IV. Monólogos 29.1 – 42.6) A. Jó clama por vindicação (caps.29 – 31) 1. Sua honra e bem-aventurança no passado (cap.29) 2. Sua desonra e sofrimento no presente (cap.30) 3. Seus protestos de inocência e juramento final (cap.31) B. Discursos de Eliú (caps.32 – 37) 1. Introdução (32.1-5) 2. Os discursos propriamente ditos (32.6 – 37.24) a. Primeiro discurso (32.6 – 33.33) b. Segundo discurso (cap.34) c. Terceiro discurso (cap.35) d. Quarto discurso (cap.36, 37) C. Discursos divinos (38.1 – 42.6) 1. Primeiro discurso de Deus (38.1 – 40.2) 2. Resposta de Jó ( 40.3-5) 3. Segundo discurso de Deus (40.6 – 41.34) 4. Jó arrepende-se (42.1 – 6) V. Epílogo (42.7-17) A. Veredicto de Deus (42-9) B. Restauração de Jó (42.10-17) Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de Ester – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 10 Total de versículos: 167 Tempo aproximado de leitura: 15 min O Livro de Ester é um dos livros históricos do antigo testamento da Bíblia, vem depois do Livro de Neemias e antes do Primeiro Livro dos Macabeus nas Bíblias católicas ou antes do Livro de Jó, nas Bíblias protestantes. Possui 10 capítulos (ou 16 naVulgata que reuniu as adições ao texto em hebraico encontrados na Septuaginta em seis capítulos ao final). Conta como Ester, uma jovem judia que estava entre os deportados, tornou-se imperatriz da Pérsia, ao se casar com o imperador Assuero (geralmente identificado com Xerxes I), e como seu primo e tutor Mordecai (Mordoqueu) descobriu um complô contra a vida do rei; como o grão-vizir Haman (Amã) procurou liquidar os judeus; como Ester interveio, arriscando a própria vida; como Haman foi enforcado e os judeus autorizados a fazer um contra-pogrom, cujo aniversário celebram com a festa dos Purim . O título deriva do nome de seu principal personagem. Os judeus o chamam de Meghil-láth És-tér, ou simplesmente de o Meghil-láh, que significa "rolo", "rolo escrito", porque constitui para eles um rolo muito estimado. Uma forte evidência da autenticidade do livro é a festividade de Purim ou de Sortes, comemorada pelos judeus até hoje. Nessa ocasião, o livro inteiro é lido nas sinagogas. Diz-se que uma inscrição cuneiforme, evidentemente de Borsipa, menciona um oficial persa de nome Mardukâ (Mordecai?), que estava em Susa (Susã) no fim do reinado de Dario I ou no começo do reinado de Xerxes I. O Livro de Ester está de pleno acordo com o restante das Escrituras e complementa os relatos de Esdras e de Neemias, contando o que aconteceu com o exilado povo de Deus na Pérsia Autor: O Livro de Ester não revela especificamente o nome do seu autor. As tradições mais populares são Mordecai (um personagem importante no livro de Ester também conhecido por Mardoqueu), Esdras e Neemias (que teria bom conhecimento dos costumes persas). Quando foi escrito: O Livro de Ester foi provavelmente escrito entre 460 e 350 AC. Propósito: A finalidade do Livro de Ester é mostrar a providência de Deus, especialmente no que diz respeito ao seu povo escolhido, Israel. O Livro de Ester registra a instituição da Festa de Purim e a obrigação de sua observação permanente. Esse Livro era lido durante essa festa para comemorar a grande libertação da nação judaica causada por Deus através de Ester. Os judeus ainda hoje leem Ester durante Purim. Versículos-chave: Ester 2:15: “Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai, que a tomara por filha, quando lhe chegou a vez de ir ao rei, nada pediu além do que disse Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres. E Ester alcançou favor de todos quantos a viam.” Ester 4:14: “Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?” Ester 6:13: “Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele.” Ester 7:3: “Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se perante ti, ó rei, achei favor, e se bem parecer ao rei, dê-se-me por minha petição a minha vida, e, pelo meu desejo, a vida do meu povo.” Resumo: O livro de Ester pode ser dividido em três seções principais. Capítulos 1:1 - 2:18 - Ester substitui Vasti; 2:19 - 7:10 - Mardoqueu derrota Hamã; 8:1 - 10:03 - Israel sobrevive a tentativa de Hamã de destruí-los. A nobre Ester arriscou sua própria morte ao perceber o que estava em jogo. Ela fez de bom grado o que poderia ter sido uma manobra mortal e enfrentou o segundo no comando do reino do seu marido, Hamã. Ela provou ser uma sábia e muito digna adversária, ainda sim permanecendo humilde e respeitosa à posição de seu marido e rei. Assim como na história de José em Gênesis 41:34-37, ambas as histórias envolvem monarcas estrangeiros que controlam o destino dos judeus. Ambas as narrativas mostram o heroísmo de indivíduos israelitas que fornecem os meios para a salvação do seu povo e nação. A mão de Deus é evidente na medida em que o que parece ser uma situação ruim é na verdade algo que está sob o controle total do Deus Todo-Poderoso que, em última instância, tem o bem do povo como Seu objetivo. No centro desta história encontra-se a divisão existente entre os judeus e os amalequitas, cujo início foi gravado como tendo começado no Livro do Êxodo. O objetivo de Hamã é o esforço final registrado no Antigo Testamento de completamente erradicar os judeus. Seus planos eventualmente acabam com sua própria morte e a elevação de seu inimigo Mordecai à sua própria posição, bem como a salvação dos judeus. Festejar é um tema importante deste livro, há dez banquetes registrados e muitos dos eventos foram planejados, orquestrados ou expostos nestes banquetes. Embora o nome de Deus nunca seja diretamente mencionado neste livro, é evidente que os judeus de Susa buscaram a Sua intervenção ao jejuar e orar por três dias (Ester 4:16). Apesar do fato de que a lei que permite a sua destruição foi escrita de acordo com as leis dos medos e persas, tornando-a imutável, o caminho foi preparado para suas orações serem respondidas. Ester arriscou sua vida ao ir não uma, mas duas vezes diante do rei sem ser convidada (Ester 4:1-2; 8:3). Ela não ficou contente com a destruição de Hamã; sua intenção era salvar o seu povo. A instituição da Festa de Purim é escrita e preservada para que todos possam ver e ainda é observada hoje. O povo escolhido de Deus, sem qualquer menção direta ao Seu nome, foi concedido a suspensão da execução por meio da sabedoria e da humildade de Ester. Prenúncios: Em Ester, damos uma olhada “por trás das cenas” da luta contínua de Satanás contra os propósitos de Deus e sobretudo contra o Seu Messias prometido. A entrada de Cristo na raça humana foi baseada na existência da raça judaica. Assim como Hamã conspirou contra os judeus a fim de destruí-los, dessa mesma forma Satanás tem se colocado contra Cristo e o povo de Deus. Tal como Hamã é derrotado na forca que ele construiu para Mardoqueu, assim também Cristo usa a mesma arma que o seu inimigo planejou para destruir a Ele e Sua semente espiritual. Pois a cruz, instrumento pela qual Satanás planejou destruir o Messias, foi o próprio meio através do qual Cristo “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:14-15). Assim como Hamã foi morto na forca que ele construiu para Mardoqueu, o diabo foi esmagado pela cruz que ele ergueu para destruir Cristo. Aplicação Prática: O Livro de Ester mostra a escolha que fazemos entre ver a mão de Deus em nossas circunstâncias na vida ou enxergar as coisas como uma mera coincidência. Deus é o Soberano do universo e podemos ter certeza de que Seus planos não serão movidos por ações de meros homens maus. Embora seu nome não seja diretamente mencionado, Seu cuidado providencial para o seu povo, tanto dos indivíduos como da nação, é evidente por toda parte. Por exemplo, não podemos deixar de ver a influência do Todo-Poderoso sobre a insônia oportuna do rei Xerxes. Através do exemplo de Mordecai e Ester, a linguagem silenciosa do amor que nosso Pai muitas vezes usa para comunicar-se diretamente ao nosso espírito é apresentada neste livro. Ester provou ter um espírito piedoso e manso que também mostrou grande força e obediência voluntária. A humildade de Ester foi marcadamente diferente das pessoas ao seu redor, e isso a levou a ser elevada à posição de rainha. Ela nos mostra que permanecer respeitosa e humilde, mesmo em circunstâncias difíceis, se não humanamente impossíveis, muitas vezes nos posiciona para ser o vaso de bênção incalculável a nós mesmos e aos outros. Faríamos bem em imitar suas atitudes piedosas em todas as áreas da vida, mas especialmente nas dificuldades. Nem uma só vez há uma reclamação ou má atitude exposta na narração. Muitas vezes lemos que ela ganhou o “favor” daqueles ao seu redor. Esse favor foi o que no fim das contas salvou o seu povo. Podemos receber tal favor quando aceitamos a perseguição injusta e até mesmo seguimos o exemplo de Ester de manter uma atitude positiva, juntamente com humildade e a determinação para confiar em Deus. Quem sabe, mas e se Deus nos colocar em tal posição para um momento como este? Esboço do Livro (Leitura em casa) I. As festas de Xerxes (1.1 – 2.18) A. Vasti deposta (cap.1) B. Ester coroada (2.1–18) II. As festas de Ester (2.19 – 7.10) A. Mardoqueu desmascara uma conspiração (2.19-23) B. O complô de Hamã (cap.3) C. Mardoqueu persuade Ester a ajudar (cap.4) D. O pedido de Ester ao rei: O primeiro banquete (5.1-8) E. Uma noite de insônia (5.9 – 6.14) F. Hamã enforcado: o segundo banquete (cap.7) III. As festas do Purim (caps. 8 – 10) A. O decreto do rei a favor dos judeus (cap.8) B. A instituição do Purim (cap.9) C. A promoção de Mardoqueu (cap.10) Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de Neemias – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 13 Total de versículos: 406 Tempo aproximado de leitura: 20 min Livro de Neemias ou II de Esdras é um livro do Tanakh e do Antigo Testamento da Bíblia. Vem depois do Livro de Esdras e antes do Livro de Tobias, na Bíblia Católica, e antes do Livro de Ester, na Bíliba protestante, tido historicamente como uma continuação do Livro de Esdras, e por vezes chamado até mesmo de "o segundo livro de Esdras" Autor: O livro de Neemias não revela especificamente o nome do seu autor, mas ambas as tradições judaicas e cristãs reconhecem Esdras como o autor. Isto é baseado no fato de que os livros de Esdras e Neemias eram originalmente um. Quando foi escrito: O Livro de Neemias foi provavelmente escrito entre 445 e 420 AC. Propósito: O livro de Neemias, um dos livros de história da Bíblia, continua a história do regresso de Israel do cativeiro babilônico e da reconstrução do templo em Jerusalém. Versículos-chave: Neemias 1:3: “Disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas, queimadas.” Neemias 1:11: “Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à oração do teu servo e à dos teus servos que se agradam de temer o teu nome; concede que seja bem sucedido hoje o teu servo e dá-lhe mercê perante este homem. Nesse tempo eu era copeiro do rei.” Neemias 6:15-16: “Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês de elul, em cinqüenta e dois dias. Sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, temeram todos os gentios nossos circunvizinhos e decaíram muito no seu próprio conceito; porque reconheceram que por intervenção de nosso Deus é que fizemos esta obra.” Resumo: Neemias era um hebreu na Pérsia quando escutou que o Templo de Jerusalém estava sendo reconstruído. Ele ficou ansioso por saber que não havia nenhum muro para proteger a cidade. Neemias pediu a Deus que o usasse para salvar a cidade. Deus respondeu à sua oração ao atenuar o coração do rei persa Artaxerxes, que não só deu a sua benção, mas também material para ser usado no projeto. Neemias recebe permissão do rei para regressar a Jerusalém, onde se tornou governador. Apesar da oposição e das acusações, o muro foi construído e os inimigos silenciados. O povo, inspirado por Neemias, deu o dízimo de muito dinheiro, material e mão de obra para concluir o muro em um notável período de 52 dias, apesar de muita oposição. Este esforço unido é de curta duração, entretanto, porque Jerusalém retorna à apostasia quando Neemias sai por um tempo. Depois de 12 anos, ele voltou e encontrou as paredes fortes, mas as pessoas fracas. Ele não mediu palavras as começar a tarefa de ensinar as pessoas sobre moral. “Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos” (13:25). Ele restabelece a verdadeira adoração através de oração e ao encorajar as pessoas à revitalização através da leitura e da adesão à Palavra de Deus. Prenúncios: Neemias era um homem de oração e orou fervorosamente pelo seu povo (Neemias 1). Sua intercessão zelosa pelo povo de Deus prefigura o nosso grande intercessor, Jesus Cristo, que orou fervorosamente pelo Seu povo em Sua oração sacerdotal de João 17. Ambos Neemias e Jesus tinham um amor ardente pelo povo de Deus que eles derramavam em oração, intercedendo por eles diante do trono. Aplicação Prática: Neemias liderou os israelitas a um grande respeito e amor pelo texto da Escritura. Neemias, por causa de seu amor por Deus e seu desejo de ver Deus honrado e glorificado, conduziu os israelitas à fé e obediência que o Senhor havia desejado para eles por tanto tempo. Da mesma forma, os Cristãos devem amar e respeitar as verdades da Escritura, memorizá-la, nela meditar de dia e de noite e dela depender para o cumprimento de todas as necessidades espirituais. Segundo Timóteo 3:16 nos diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” Se quisermos ter a mesma experiência do renascimento espiritual que os israelitas (Neemias 8:1-8), devemos começar com a Palavra de Deus. Cada um de nós deve ter compaixão genuína por outras pessoas que estão sofrendo com dor espiritual ou física. Sentir compaixão, no entanto, e não fazer nada para ajudar não tem fundamento bíblico. Às vezes pode ser necessário abrir mão do nosso próprio conforto a fim de ministrar corretamente aos outros. Temos que acreditar totalmente em uma causa antes de darmos do nosso tempo ou dinheiro com o coração correto. Quando permitimos que Deus ministre através de nós, até os incrédulos saberão que a obra é de Deus. Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de Esdras – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 10 Total de versículos: 280 Tempo aproximado de leitura: 20 min Autor: O livro de Esdras não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição é que o profeta Esdras foi quem escreveu esse livro. É interessante notar que uma vez que Esdras entra em cena no capítulo 7, o autor do livro deixa de escrever na terceira pessoa e passa a escrever na primeira pessoa, dando credibilidade a Esdras como o provável autor. Quando foi escrito: O Livro de Esdras foi provavelmente escrito entre 460 e 440 AC. Propósito: O Livro de Esdras dedica-se a eventos que ocorreram na terra de Israel na época do retorno do cativeiro babilônico e nos anos seguintes, cobrindo um período de aproximadamente um século que começou em 538 AC. A ênfase em Esdras é na reconstrução do Templo. O livro contém registros genealógicos extensos, principalmente com o objetivo de estabelecer as reivindicações ao sacerdócio por parte dos descendentes de Arão. Versículos-chave: Esdras 3:11: “Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa.” Esdras 7:6: “Ele era escriba versado na Lei de Moisés, dada pelo SENHOR, Deus de Israel; e, segundo a boa mão do SENHOR, seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira.” Resumo: O livro pode ser dividido da seguinte forma: Capítulos 1-6 – o primeiro retorno sob Zorobabel e a construção do Segundo Templo. Capítulos 7-10 - o ministério de Esdras. Já que bem mais de meio século tinha decorrido entre os capítulos 6 e 7, os personagens da primeira parte do livro já tinham morrido quando Esdras iniciou seu ministério em Jerusalém. Esdras é a única pessoa que se destaca nos livros de Esdras e Neemias. Ambos os livros acabam com orações de confissão (Esdras 9; Neemias 9) e uma posterior separação entre as pessoas e as práticas pecaminosas em que tinham caído. Algum conceito da natureza das mensagens encorajadoras de Ageu e Zacarias, que são apresentados nessa narrativa (Esdras 5:1), pode ser visto nos livros proféticos que levam seus nomes. O Livro de Esdras abrange o período entre o retorno do cativeiro para reconstruir o Templo até o decreto de Artaxerxes, o evento mencionado no início do livro de Neemias. Ageu foi o principal profeta nos dias de Esdras e Zacarias foi o profeta nos dias de Neemias. Prenúncios: Vemos no livro de Esdras uma continuação do tema bíblico do remanescente do povo de Deus. Sempre que desastre ou julgamento acontece, Deus sempre conserva para Si um grupo restante - Noé e sua família da destruição do dilúvio; a família de Ló de Sodoma e Gomorra; os 7,000 profetas reservados em Israel apesar da perseguição de Jezabel e Acabe. Quando os israelitas foram levados para o cativeiro no Egito, Deus resgatou o Seu remanescente e os levou para a Terra Prometida. Cerca de cinquenta mil pessoas retornam para a terra da Judeia em Esdras 2:64-67, no entanto, ao comparar-se com os números em Israel durante seus dias de prosperidade sob o rei Davi, seu comentário é: “pois somos os restantes que escaparam, como hoje se vê”. O tema de remanescente é levado para o Novo Testamento, onde Paulo nos diz que “Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça” (Romanos 11:5). Embora a maioria das pessoas dos dias de Jesus tenha-lhe rejeitado, restou um conjunto de pessoas a quem Deus tinha reservado e preservado em seu Filho e na aliança de Sua graça. Ao longo de todas as gerações desde Cristo, há o remanescente dos fiéis cujos pés encontram-se na estrada estreita que conduz à vida eterna (Mateus 7:13:14). Este remanescente será preservado pelo poder do Espírito Santo que os selou e que vai entregá-los com segurança no último dia (2 Coríntios 1:22, Efésios 4:30). Aplicação Prática: O Livro de Esdras é uma crônica de esperança e restauração. Para o Cristão cuja vida é marcada pelo pecado e rebelião contra Deus, existe grande esperança que o nosso é um Deus de perdão, um Deus que não vai nos virar as costas quando o buscamos em arrependimento e espírito quebrantado (1 João 1:9 ). O retorno dos israelitas a Jerusalém e a reconstrução do Templo se repetem na vida de cada Cristão que retorna do cativeiro do pecado e rebelião contra Deus e encontra nEle um lar amoroso onde somos bem-vindos. Não importa quanto tempo temos estado afastados, Ele está pronto para nos perdoar e nos receber de volta à sua família. Ele está disposto a nos mostrar como reconstruir nossas vidas e ressuscitar nossos corações, onde se encontra o templo do Espírito Santo. Tal como acontece com a reconstrução do templo de Jerusalém, Deus superintende os trabalhos de renovação e nova dedicação da nossa vida ao Seu serviço. A oposição dos adversários de Deus à reconstrução do templo exibe um padrão que é típico do inimigo de nossas almas. Satanás usa aqueles que parecem estar em sintonia com os propósitos de Deus para nos enganar e tentar frustrar os Seus planos. Esdras 4:2 descreve o discurso enganoso dos que pretendem adorar a Cristo, mas cuja real intenção é derrubar e não construir. Devemos estar em guarda contra tais enganadores, responder a eles como os israelitas fizeram e recusar-nos a ser enganados por suas palavras suaves e falsas profissões de fé. Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de 1 e 2 Crônicas – Estudo

Introdução ao Livro das Crônicas – Paz no futuro e glória no passado Autor 1 e 2 Cr eram originalmente um só livro. Como a identidade do autor dessa obra não é explicitada em 1 nem em 2 Cr, muitos optaram por se referir a esse autor desconhecido simplesmente como “o cronista”. No entanto, Esdras é o candidato mais provável para a autoria de Crônicas. A antiga tradição judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Além disso, os versículos finais de 2 cr (2Cr 36.22,23) repetem-se como os versículos iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3). Isso não apenas reforça o argumento que aponta Esdras como autor de 1Cr, mas pode ser também uma indicação de que Crônicas e Esdras tenham sido em algum momento uma única obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2Cr tenham estido, vocabulário e conteúdo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou à cidade de Jerusalém. Apesar de não podermos afirmar com certeza absoluta, é razoável assumir que “ o cronista” tenha sido Esdras. Data Embora seja difícil estabelecer a data exata para 1 e 2 Cr, é provável que a sua forma final tenha surgido lá pelo final do séc. V aC. O último evento registrado nos versículos finais de 2 Cr é o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que dá licença à volta dos judeus para Judá. É datado como 538 aC e dá a impressão de que Crônicas tenha sido composto pouco tempo depois. No entanto, a última pessoa mencionada em 1 e 2 Cr é realmente Anani, da oitava geração do rei Jeoaquim (ver 1Cr 3.24). Jeoaquim foi deportado pra a Babilônia em 597 aC. Dependendo de como essas gerações são medidas (cerca de 25 anos), o nascimento de Anani pode ter acontecido entre 425 e 400 aC. Portanto, a data para 1 e 2Cr pode ser situada entre 425 e 400 aC. Contexto Histórico O livro de 1Cr cobre o período que vai de Adão até a morte de Davi, ao redor de 971 aC. É um período de tempo extraordinário, pois abrange o mesmo período coberto pelos primeiros 10 livros do AT, de Gn até 2Sm. Se as genealogias de 1 Cr 1-9 fosse ignoradas, 1 e 2Cr cobririam aproximadamente o mesmo período de tempo de 1 e 2Rs. No entanto, o cenário específico de 1 e 2Cr é o período de tempo que vem depois do exílio. Durante essa época, o mundo antigo estava sob o controle do poderoso Império Perda. Tudo o que restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomão foi a pequena província de Judá. Os persas substituíram o rei por um governador provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido licença pra voltar para Jerusalém e reconstruir o templo, a sua situação era muito diferente da dos anos dourados de Davi e Salomão. Conteúdo No texto original hebraico, 1 e 2Cr formavam um só livro chamado de “Acontecimentos dos Dias”. Foi dividido e recebeu um novo nome pelos tradutores do AT em grego (septuaginta ou LXX): “Coisas que Acontecem”. O nome atual, Crônicas, foi dado por Jerônimo. Não é uma continuação da história do povo de Deus, mas uma duplicação e um suplemento de 1 e 2Sm e 1 e 2Rs. Se 1 e 2Cr são considerados uma única obra, podem ser divididos em quatro seções principais: 1Cr é composto por genealogias (caps. 1-9) e descreve em linhas gerais o reinado de Davi (caps. 10-29). 2Cr relata o reinado de Salomão (caps. 1-9) e descreve o reinados dos vinte governantes de Judá (caps.10-36). O livro de 1Cr tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída por 9 capítulos de genealogias. As genealogias começa com Adão e continuam, atravessando todo o período do exílio, até àqueles que retornaram para Jerusalém. Com freqüência não se dá muita importância a esta seção. Contudo, assim como nos Evangelhos de Mt e Lc, as genealogias forma a base das narrativas que se seguem. 1Cr está carregado de genealogias para sublinhar a necessidade de pureza racial e religiosa. As genealogias são compiladas seletivamente para realçar a linhagem de Davi e da tribo de Levi. A segunda parte de 1Cr (caps. 10-29) registra os eventos e realizações do rei Davi. O cap. 10 serve como prólogo para resumir o reinado e a morte ro rei Saul. Nos caps. 11 e 12, Davi se torna rei e conquista Jerusalém. O restante das narrativas sobre Davi está enfocada sobre três aspectos significativos do seu reinado, ou seja, o transporte da arca do Testemunho pra Jerusalém (caps. 13-17), suas proezas militares (caps. 18-20) e os preparativos para a construção do tempo (caps. 21-27). Os dois últimos capítulos de 1Cr recorda os últimos dias de Davi. O Espírito Santo em Ação Há duas referências claras ao ES em 1Cr. A primeira´está em 12.18, em que o “Espírito” entrou em Amasai e o capacitou a fazer uma declaração inspirada. E a segunda em 28.12, a qual explica que por meio do ministério do Espírito (ânimo) os planos do templo foram revelados a Davi. Esboço de 1º Crônicas I. As raízes do povo de Deus 1.1– 9.44 A herança dos filhos de Jacó 1.1-2.2 A herança da linhagem de Davi em Judá 2.3-3.24 A herança das doze tribos 4.1-8.40 A herança do remanescente 9.1-34 A herança do rei Saul em Benjamim 9.35-44 II. O reinado do rei Davi 10.1-29.30 A confirmação de Davi como rei 10.1-12.40 A aquisição da arca por Davi 13.1-17.27 Progressos militares de Davi 18.1-20.8 Preparativos de Davi para a construção do templo 21.1-27.34 Últimas declarações de Davi 28.1 –29.30 2º Crônicas (2Cr) – 36 Capítulos Autor 1 e 2 Cr eram originalmente um só livro. Como a identidade do autor dessa obra não é explicitada em 1 nem em 2 Cr, muitos optaram por se referir a esse autor desconhecido simplesmente como “o cronista”. No entanto, Esdras é o candidato mais provável para a autoria de Crônicas. A antiga tradição judaica do Talmude afirma que Esdras escreveu o livro. Além disso, os versículos finais de 2 cr (2Cr 36.22,23) repetem-se como os versículos iniciais de Esdras (ver Ed 1.1-3). Isso não apenas reforça o argumento que aponta Esdras como autor de 1Cr, mas pode ser também uma indicação de que Crônicas e Esdras tenham sido em algum momento uma única obra. Soma-se a isso o fato de que 1 e 2Cr tenham estido, vocabulário e conteúdo similares. Esdras era tanto escriba como profeta e desempenhou um papel significativo na comunidade de exilados que retornou à cidade de Jerusalém. Apesar de não podermos afirmar com certeza absoluta, é razoável assumir que “ o cronista” tenha sido Esdras. Data Embora seja difícil estabelecer a data exata para 1 e 2 Cr, é provável que a sua forma final tenha surgido lá pelo final do séc. V aC. O último evento registrado nos versículos finais de 2 Cr é o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que dá licença à volta dos judeus para Judá. É datado como 538 aC e dá a impressão de que Crônicas tenha sido composto pouco tempo depois. No entanto, a última pessoa mencionada em 1 e 2 Cr é realmente Anani, da oitava geração do rei Jeoaquim (ver 1Cr 3.24). Jeoaquim foi deportado pra a Babilônia em 597 aC. Dependendo de como essas gerações são medidas (cerca de 25 anos), o nascimento de Anani pode ter acontecido entre 425 e 400 aC. Portanto, a data para 1 e 2Cr pode ser situada entre 425 e 400 aC. Contexto Histórico O livro de 2Cr cobre o período que vai do começo do reinado de Salomão, em 971 aC, até ao final do exílio ao redor de 538 aC. No entanto, o cenário específico de 1 e 2Cr é o período de tempo que vem depois do exílio. Durante essa época, o mundo antigo estava sob o controle do poderoso Império Perda. Tudo o que restou dos gloriosos reinados de Davi e Salomão foi a pequena província de Judá. Os persas substituíram o rei por um governador provincial. Apesar de que o povo de Deus tenha recebido licença pra voltar para Jerusalém e reconstruir o templo, a sua situação era muito diferente da dos anos dourados de Davi e Salomão. Conteúdo No texto original hebraico, 1 e 2Cr formavam um só livro chamado de “Acontecimentos dos Dias”. Foi dividido e recebeu um novo nome pelos tradutores do AT em grego (septuaginta ou LXX): “Coisas que Acontecem”. O nome atual, Crônicas, foi dado por Jerônimo. Não é uma continuação da história do povo de Deus, mas uma duplicação e um suplemento de 1 e 2Sm e 1 e 2Rs. O livro de 2Cr tem duas divisões principais. A primeira seção é constituída pelos primeiros 9 capítulos (caps. 1-9) descreve em linhas gerais o governo do rei Salomão. A narrativa dá bastante importância à construção do templo (caps. 2-7) bem como à riqueza e à sabedoria desse extraordinário rei (caps. 8-9). A narrativa, no entanto, termina abruptamente e não faz menção das fraquezas de Salomão, conforme registradas em 1Rs 11. A segunda seção do Livro é formada pelos caps. 10 a 36. Depois da divisão do reino, se concentram quase que exclusivamente no Reino do Sul, Judá, e discorre sobre a história do Reino do Norte, Israel, só ocasionalmente. 2Cr traça a hist´´oria dos reinados dos 20 governantes de Judá até ao cativeiro babilônico do Reino do Sul em 586 aC. O livro conclui com o decreto de Ciro libertando e permitindo a volta do povo p ara Judá (36.22,23). O Espírito Santo em Ação Há dtrês referências claras ao ES em 2Cr. É identificado como o “Espírito de Deus” (15.1; 24.20) e como o “Espírito do SENHOR” (20.14). Nessas referências, o ES inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus. Além dessas referências, muitos vêem a presença do Espírito Santo na dedicação do templo (5.13,14). Esboço de 2º Crônicas I. O período de governo do rei Salomão 1.1-9.31 A ascensão de Salomão como rei 1.1-17 A realização da construção do tempo 2.1-7.22 A riqueza de Salomão 8.1-9.31 II. Os governos dos reis de Judá 10.1-36.16 O reinado de Roboão 10.1-12.16 Abias 13.1-22 Asa 14.1-16.14 Josafá 17.1-20.37 Jeorão 21.1-20 Acazias 22.1-9 Atalia 22.10-23.15 Joás 23.16-24.27 Amazias 25.1-28 Uzias 26.1-23 Jotão 27.1-9 Acaz 28.1-27 Ezequias 29.1-32.33 Manassés 33.1-20 Amon 33.21-25 Josias 34.1-35.27 Joacaz 36.1-3 Jeoaquim 36.4-8 Joaquim 36.9-10 Zedequias 36.11-16 III. Cativeiro e retorno de Judá 36.17-23 O cativeiro de Judá por Babilônia 36.17-21 O decreto de Ciro para o retorno de Judá 36.22,23 Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de 1 e 2 Reis – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 22 / 25 Total de versículos: 817 / 719 Tempo aproximado de leitura: 120 min Introdução ao Livro dos Reis 1 e 2 Reis são a continuação dos livros de Samuel. Como o nome sugere, registram os acontecimentos do reinado de Salomão e dos reis de Judá e Israel, que o sucederam. Abrangem um período de quatrocentos anos e contam a história do crescimento e depois do declínio do reino que acabou dividido. 1 e 2Reis na verdade formam uma só obra literária, que na tradição hebraica é simplesmente chamada de “Reis”. A divisão dessa obra em dois livros foi introduzida pelos autores da Septuaginta e depois seguida na Vulgata Latina e na maioria das versões atuais da Bíblia. Em 1448 a divisão em duas seções também apareceu num manuscrito hebraico e foi perpetuada nas edições posteriores do texto hebraico. Tanto a Septuaginta quanto a Vulgata Latina designavam Samuel e Reis de maneira que ressaltava o relacionamento entre as duas obras (na Septuaginta era designado como: Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Livros dos Reinos; na Vulgata Latina, Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Reis). Juntos, Samuel e Reis relatam a história inteira da monarquia, desde sua ascensão com o ministério de Samuel até a sua queda com a invasão dos babilônios. A divisão entre 1 e 2Reis foi feita num lugar apropriado, pouco depois da morte de Acabe, do Reino do Norte (22.37) e de Josafá, do reino do Sul (22.50). Dividir nesse ponto faz o relato do reinado de Acazias de Israel ultrapassar o fim de 1Reis (22.51-53) e o começo de 2Reis (cap. 1). O mesmo ocorre com o relato do ministério de Elias, que na maior parte apareceu em 1Reis (caps. 17-19). No entanto, seu ato final de juízo, e a entrega de seu manto para Eliseu no momento da ascensão ao céu num redemoinho estão contidos em 2Reis (1.1 – 2.17). Estes são os dois livros de história mais importantes do mundo. AUTOR Como a maioria dos livros do Antigo Testamento, os autores dos registros dos Reis são desconhecidos. A tradição judaica preservada no Talmude Babilônico atribui os livros de Reis ao profeta Jeremias. Essa associação pode estar fundamentada nas semelhanças entre Jeremias 52 e 2Reis 24 e 25. Também se notou que a história registrada nos livros dos Reis dá lugar de destaque à vida dos profetas do Antigo Testamento e à precisão da palavra profética relativa à monarquia de Israel e Judá. No entanto, há pouca evidência concreta para identificar o autor com base no contexto, tema teológico e propósito de composição. Duas teorias distintas sobre a autoria e unidade da história de Reis prevalecem entre os estudiosos. A posição conservadora aceita a tradição judaica e considera o profeta Jeremias como compilador dos livros. Os que descartam a tradição argumentam que os livros dos Reis indicam um autor ou compilador testemunha ocular da queda de Jerusalém. Sugere-se que o autor tenha juntado com habilidade muitas fontes históricas em um documento para descrever a desobediência à aliança de ambos os reinos e o motivo divino do exílio no estrangeiro. Seja quem for o autor, fica claro que tinha familiaridade com o livro de Deuteronômio. Fica também claro, que usou uma variedade de fontes documentárias para compilar sua história da monarquia. Três dessas fontes estão citadas no livro: - Registros históricos de Salomão (1Reis 11.41); - Registros históricos de reis de Israel (1Reis 14.19) - Registros históricos dos reis de Judá (1Reis 14.29). Embora alguns estudiosos tenham chegado à conclusão de que as três fontes documentárias especificamente citadas em 1 Reis devem ser consideradas anais oficiais da corte, pertencentes aos arquivos reias de Jerusalém e Samaria, não se trata de modo algum de fato concreto. Parece questionável no mínimo, se anais oficiais da corte teriam incluído pormenores de conspirações como as mencionadas em 1Reis 16.20 e em 2Reis 15.15. É também questionável se os anais oficiais da corte estariam à disposição para exame público, como o autor claramente refere-se a eles. Tais considerações levaram alguns estudiosos à conclusão de que essas fontes eram provavelmente registros dos reinados de Israel e Judá compilados pela sucessão dos profetas de Israel que existiram no decurso do período dos dois reinos. Dada a evidencia disponível, a melhor opção é atribuir os livros de Reis a um compilador ou autor anônimo do século VI a.C. Não se sabe se foi profeta, mas ele compreendia a natureza da aliança entre Israel e Javé e suas implicações para a história dos hebreus. DATA O livro foi provavelmente composto na Palestina entre a queda de Jerusalém (587/586 a.C.) e o decreto de rei Ciro da Pérsia que permitiu o retorno dos judeus à pátria (539 a.C.). É possível que o livro tenha sido composto em duas fases. A maior parte da história da monarquia hebraica poderia ter sido concluída entre a queda de Jerusalém e a represália babilônica pelo assassinato do governador Gedalias (2Rs 25.22-26; Jr 52.30). Talvez a edição final da obra tenha sido publicada pouco depois da libertação do rei Joaquim na Babilônia pelo sucessor de Nabucodonosor, Evil-Merodaque (561 a.C.). Alguns estudiosos situam a data da composição de 1 e 2Reis no período subsequente à soltura de Joaquim da prisão e antes do fim do exílio babilônico em 538. Essa posição é questionada por outros tendo por base algumas declarações de 1 e 2Reis que falam de certas coisas no período pré-exílico que, segundo se diz, continuam existindo até o dia de hoje, como, as varas para transportar a arca (1Rs 8.8); os trabalhos forçados (1Rs 9.20-21). Com base nessas citações sustenta-se que o autor deve ter vivido em Judá no período pré-exílico, e não na Babilônia no período pós-exílico. Se esse argumento for aceito, devemos concluir que o livro original foi composto aproximadamente na data da morte de Josias e o material sobre o período subsequente ao seu reinado foi acrescentado durante o exílio, em 550. Esse conceito toma por base principalmente as declarações “até o dia de hoje”. CONTEXTO HISTÓRICO Os livros de Reis representam a história seletiva de Israel dos últimos dias do rei Davi à conquista babilônica de Jerusalém. Cronologicamente I e 2 Reis documentam a história política de Israel durante a monarquia unida começando por volta de 970 a.C. passando pela divisão do reino, relatando o exílio do Reino do Norte na Assíria (722 a.C.) e concluindo com o exílio babilônico do Reino do Sul (587/586 a.C.). Duas anotações históricas estão anexadas ao final de 2Reis. A primeira (25.22-26) relata a nomeação de Gedalias por Nabucodonosor para o governo de Judá e o assassinato de Gedalias por um grupo de conspiradores judeus liderados por Ismael entre 596 e 582 a.C. A segunda (25.27-30) registra a libertação do rei Joaquim da prisão na Babilônia após a morte do rei Nabucodonosor (março de 562 ou 561 a.C.). A história de Reis apresenta a visão geral da “era de ouro” israelita desde o império unido sob o reinado de Salomão, da divisão da monarquia no reinado de Roboão e dos altos e baixos da política e religião dos reinos de Israel e Judá até os respectivos colapsos. A arqueologia trouxe contribuições importantes para o esclarecimento e confirmação dos registros bíblicos de 1 e 2 Reis. Descobertas específicas incluem sítios arqueológicos associados aos períodos da monarquia unida e dividida. Vestígios de inscrições extrabíblicas da Assíria, Babilônia e da região siro-palestina complementaram o conhecimento da língua hebraica clássica, da cronologia hebraica e do Antigo Oriente Médio como também da história política, religiosa e ainda dos costumes hebreus. Tudo isso é revelado no contexto da cultura do Antigo Oriente Médio, como a Pedra Moabita ou de Messa, o Obelisco Negro de Salmaneser III, o Prisma de Senaqueribe, os registros assírios, a Crônica da Babilônia e as cartas de Laquis. Duas das maiores descobertas arqueológicas relacionadas ao registro de Reis são a famosa inscrição de Siloé, que celebra a conclusão do túnel de Ezequias (2Rs 20.20; 2Cr 32.2-4), e as tabuinhas babilônicas que mencionam a “ração carcerária” datadas de 595 e 570 a.C. e que mencionam as porções diárias de alimento para o rei exilado de Judá, Joaquim, e sua corte (2rs 25.27). CRONOLOGIA DOS LIVROS Monarquia unida: - Dinastia de Saul: Saul (? 1011 a.C); Is-Bosete (1011-1009 a.C.). - Dinastia de Davi: Davi (1011-971 a.C.); Salomão (971-931 a.C.). Fixar uma data do início da monarquia de Israel é complicado pela perda de uma frase durante o processo de transmissão manuscrita em 1Samuel 13.1, que resume o reinado de Saul. Sua idade quando ascendeu ao trono e a duração de seu reinado se perderam no texto hebraico. A Septuaginta insere o número 30 e dá 32 anos de duração ao reinado. Outras versões bíblicas afirmam que a duração foi de 40 anos, com base no discurso de Paulo em Antioquia da Psídia (Atos 13.21). Is-Bosete, quarto filho de Saul, tentou dar continuidade à dinastia do pai e guerreou contra Davi durante dois anos como rei de Israel (2Sm 2.1-11; 4.1-12). Os 40 anos do reinado de Davi podem ser divididos em duas fases. A primeira, sua monarquia sobre Judá, foi centrada em Hebron e durou sete anos e meio (2Sm 2.11). A segunda começou depois do assassinato de Is-Bosete quando Davi foi coroado rei sobre todo Israel e reinou em Jerusalém durante 33 anos (2Sm 5.1-5). O reinado de 40 anos de Salomão geralmente é considerado a “era de ouro” de Israel. Após sua morte, a monarquia se dividiu em Israel e Judá. O REINO DIVIDIDO O Reino do Norte (Israel) era menos estável politicamente que o Reino do Sul (Judá). Sua duração mais curta como nação independente (por volta de 209 anos) e a violência acontecida nas sucessões ao trono comprovam esse fato. O historiador de Reis considerou “maus” todos os dezenove governantes de Israel (ou vinte se incluirmos Tibni, rival do Onri) porque perpetuaram o culto ao “bezerro de ouro” de Jeroboão. A média de duração do reinado de um monarca israelita era apenas de dez anos, e nove famílias diferentes reivindicaram o trono. Sete reis foram assassinados, um cometeu suicídio, um foi ferido por Deus e outro foi deposto e levado para Assíria. O Reino do Sul (Judá) persistiu por mais um século e meio (durou cerca de 345 anos). Ao contrário de Israel, os reinados dos dezenove reis de Judá e uma rainha tiveram média de duração de mais de dezessete anos. A dinastia de Davi foi a única a reivindicar o trono do Sul, realçando a estabilidade política. O reinado da terrível rainha Atalia foi a única interrupção da sucessão davídica. No entanto, em Judá também ocorreram intrigas políticas, pois cinco reis foram assassinados, dois foram feridos por Deus e três foram exilados. O historiador de Reis relatou que oito reis de Judá foram “bons” porque seguiram o exemplo de Davi e obedeceram a Javé (Asa, Josafá, Joás, Amazias, Azarias (Uzias), Jotão Ezequias e Josias). CARACTERÍSTICA E TEMAS Uma das principais características do autor é a sua preferência pelo registro minucioso de muitos aspectos do passado da sua nação. Esse interesse pelas datas, números e instituições do reino de Israel aparece no seu registro dos preparativos para a construção do templo (1Rs 5), nas suas dimensões e decoração (1 Rs 6) e na sua mobília e utensílios (1 Rs 7.13-51). O escritor informa a duração do tempo de governo dos monarcas em ambos os reinos e sincroniza os reinos entre si. Ao retratar o reino dividido, o escritor chama atenção para importantes diferenças entre os dois reinos. Em Judá, a monarquia manteve-se relativamente estável sob os descendentes de Davi, porém a monarquia em Israel mostrou-se instável, havendo uma sucessão de dinastias. Vinte reis de nove diferentes famílias reinaram sobre Israel, no reino do Norte, durante sua existência de aproximadamente duzentos anos. Em contraste, vinte reis de uma única família reinaram sobre o reino do Sul por aproximadamente trezentos e cinquenta anos. O autor repetidas vezes encaminha o leitor a outras fontes para receber informações mais pormenorizadas a respeito do reinado dos vários reis, e avalia esses reinos quanto ao cumprimento da aliança com Deus, em vez de fazer uma análise social, política ou econômica. Da perspectiva de um historiador político, Onri seria considerado um dos governantes mais importantes do Reino do Norte. Ele estabeleceu uma dinastia poderosa e fez Samaria sua capital. Segundo a tradição judaica, Onri foi o monarca que subjugava os moabitas ao Reino do Norte. Muito tempo depois da morte de Onri, os governantes assírios referiam-se a Jeú como “filho de Onri”. Mesmo assim, a despeito da importância política de Onri, seu reinado recebeu pouca atenção, em apenas seis versículos (1Rs 16.23-28), com declaração de que “fez o que o Senhor reprova e pecou mais que todos que reinaram antes dele” (1Rs 16.25). Semelhantemente, o reinado de Jeroboão II, que governava o reino do Norte durante o período de seu maior poder político e econômico, recebe um tratamento bastante breve (2Rs 14.23-29). Outro exemplo de como o autor se interessa pela aliança, mais do que por assuntos meramente políticos ou econômicos pode ser visto na menção do reinado de Josias, de Judá. Nada se diz a respeito dos primeiros anos do seu reinado, mas é oferecido um relato pormenorizado da reforma e da renovação da aliança por ele promovidos no décimo oitavo ano de seu reinado (2Rs 22 – 23). Nem se fala coisa alguma a respeito dos motivos que levaram Josias a se opor a faraó Neco, do Egito, em Megido, nem da mudança notável no poder geopolítico da Assíria para a Babilônia por ocasião desses acontecimentos (2Rs 23.29-30). Considerar Reis como nada mais que história da monarquia seria despojar o livro de seu valor teológico, uma vez que o autor não se ocupa apenas em registrar o passado da nação. Ao compor um relato coerente e significativo do passado da nação, o escritor bíblico prestou um serviço inestimável para todo aquele que deseja compreender essa era importantíssima da história de Israel. ADORAÇÃO AO BEZERRO DE OURO A palavra hebraica para “bezerro” é palavra flexível que denota qualquer animal macho ou fêmea da família dos bovinos. Todas as evidencias parecem indicar que os hebreus adotaram o símbolo do deus-touro dos egípcios, provavelmente o culto a Ápis de Mênfis. Ápis era o touro sagrado e deus da fertilidade que concedia vida, saúde e força ao rei e fertilidade à terra e ao povo do reino. É bem provável que Jeroboão reintroduziu o símbolo do deus-touro em Israel por causa do exílio que enfrentou no Egito até a morte de Salomão (1Re 11.40). Depois de voltar a Israel, Jeroboão, acrescentou elementos do culto cananeu do deus-touro quando subiu ao trono. Isso explicaria a presença de elementos egípcios e cananeus no culto ao bezerro de ouro israelita. Os deuses touro que Jeroboão ergueu nos templos de Dã e Betel não tinham o objetivo original de representar ídolos de culto religioso estrangeiro. As reformas religiosas de Jeroboão foram criadas para conquistar a lealdade dos seguidores de Javé no Reino do Norte e assim, impedi-los de fazer três peregrinações anuais ao Templo de Jerusalém, controlado pelo Reino do Sul. Acredita-se que os bezerros de ouro de Jeroboão deviam de algum modo representar o Deus de Israel, Javé. Independentemente das razões iniciais de Jeroboão, é evidente que os bezerros se tornaram símbolos de ideologia e prática religiosa bem diferentes do culto aos Senhor Deus. O profeta Aías chamou as imagens de “outros deuses” (1Re 14.9), e mais tarde no tempo do profeta Oséias, os deuses-touro foram repudiados pelo profeta por serem ídolos. Nessa época o bezerro já era associado as divindades do culto cananeu da fertilidade. A adoração ao deus bezerro estava completamente interligada aos rituais do baalismo (Os 10.5; 11.1,2; 13.1,2). Essa violação à aliança não só pôs fim à dinastia de Jeroboão, mas conduziu à eliminação da nação de Israel por Javé em sua ira (2Re 17.18). O MINISTÉRIO DE ELIAS E ELISEU Elias foi um dardo de fogo que Deus desferiu contra o perverso Acabe e a idolatria de Israel. Ele atravessa essa página da história de modo rápido e terrível como um relâmpago. Elias, o tesbita, que era dos moradores de Gileade, é a breve biografia com que se apresenta. O nome Elias significa “Jeová é meu Deus” e adaptava-se perfeitamente a ele. Foi o mais notável dos profetas. Acompanhe seu aparecimento repentino, sua coragem intrépida, o zelo, seu triunfo no monte Carmelo, a profundeza de seu desalento, seu glorioso arrebatamento ao céu num redemoinho e a aparição no monte da Transfiguração. Foi uma figura notável das montanhas de Gileade, e seus longos cabelos caíam-lhe sobre o manto de pele de carneiro. Jeová o enviou para por o fim ao detestável culto a Baal, praticado durante o reinado de Acabe, que se casara com a ímpia Jezabel. Surgindo inesperadamente do deserto e pondo-se diante do rei corrupto, no esplendor de sua corte, o severo profeta falou-lhe ousadamente: “Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra (1Re 17.1)”. Fora-lhe dado poder para fechar os céus de tal modo que não chovesse em Israel durante três anos e meio. Pediu que descesse fogo do céu diante dos profetas de Baal no monte Carmelo. Foi o evangelista do seu tempo, levando severas advertência ao povo idolatra. Eliseu sucedeu Elias. Era um tipo caridoso, em contraste com o ardoroso Elias que o preparou para ser seu sucessor, seu ministério profético durou cinquenta anos. A maior parte de seus milagres foram atos de bondade e misericórdia. Teve grande influencia sobre os reis de seus dias e embora não aprovasse os atos deles vinha sempre em seu socorro. Elias e Eliseu apresentam acentuado contraste: Elias foi o profeta do julgamento, da lei, da severidade; Eliseu foi o profeta da graça, do amor da ternura. A adoração a Baal, introduzida em Israel pela maléfica Jezabel, foi depois de trinta anos exterminada por Elias, Eliseu e Jeú. ESBOÇO DE 1 E 2 REIS I. O reino unido 1.1-11.43 O estabelecimento de Salomão como rei 1.1.-2.46 A consagração de Salomão como rei 3.1-8.66 O erro de Salomão como rei 9.1-11.43 II. O reino dividido 12.1-22.53 A) A revolta e o reinado de Jeroboão em Israel 12.1-14.20 O reinado de Roboão em Judá 14.21-31 O reinado de Abdias em Judá 15.1-8 O reinado de Asa em Judá 15.9-24 O reinado de Nadabe em Israel 15.25-32 O reinado de Baasa em Israel 15.33-16.7 O reinado de Elá em Israel 16.8-14 O reinado de Zinri em Israel 16.15-20 O reinado de Onri em Israel 16.21-28 O reinado de Acabe em Israel 16.29-22.40 O reinado de Josafá em Judá 22.41-50 O reinado de Acazias em Israel 22.51-53 I. I reino dividido 1.1-17.41 O reinado de Acazias em Israel 1.1-18 O reinado de Jorão em Israel 2.1-8.15 O reinado de Jeorão em Judá 8.16-24 O reinado de Acazias em Judá 8.25-9.29 O reinado de Jeú em Israel 9.30-10.36 O reinado da rainha Atalia em Judá 11.1-16 O reinado de Joás em Judá 11.17-12.21 O reinado de Jeocaz em Israel 13.1-9 O reinado de Jeoás em Israel 13.10-25 O reinado de Amazias em Judá 14.1-22 O reinado de Jeroboão II em Israel 14.23-29 O reinado de Azarias em Judá 15.1-7 O reinado de Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías e Peca em Israel 15.8-31 O reinado de Jotão em Judá 15.32-38 O reinado de Acaz em Judá 16.1-20 O reinado de Oséias em Israel 17.1-5 O cativeiro de Israel para a Assíria 17.6-41. II. Somente o reino de Judá 18.1-25.30 O reinado de Ezequias 18.1-20.21 O reinado de Manassés 21.1-18 O reinado de Amon 21.19-26 O reinado de Josias 22.1-23.30 O reinado de Joacaz 23.31-34 O reinado de Jeoaquim 23.35-24.7 O reinado de Joaquim 24.8-16 O reinado de Zedequias 24.17-20 A queda de Jerusalém 25.1-7 O cativeiro de Judá pra a Babilônia 25.8-26 A libertação de Joaquim 25.27-30 Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de 2º Samuel – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 24 Total de versículos: 695 Tempo aproximado de leitura: 50 min Autor: O Livro de 2 Samuel não identifica o seu autor. Não pode ser o profeta Samuel já que ele morreu em 1 Samuel. Possíveis escritores incluem Natã e Gade (veja 1 Crônicas 29:29). Quando foi escrito: Originalmente, os livros de 1 e 2 Samuel eram um só livro. Os tradutores da Septuaginta os separaram e temos mantido essa divisão deste então. Os acontecimentos de 1 Samuel ocorreram ao longo de aproximadamente 100 anos, entre 1100 AC até 1000 AC. Os acontecimentos de 2 Samuel abrangem mais 40 anos. O livro foi escrito, então, algum tempo depois de 960 AC. Propósito: 2 Samuel é o registro do reinado do Rei Davi. Este livro coloca a aliança davídica no seu contexto histórico. Versículos-chave: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Samuel 7:16). “Tendo o rei coberto o rosto, exclamava em alta voz: Meu filho Absalão, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 19:4). “E disse: O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte e o meu refúgio. Ó Deus, da violência tu me salvas. Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos” (2 Samuel 22:2-4). Resumo: O livro de 2 Samuel pode ser dividido em duas seções principais – os triunfos de Davi (capítulos 1-10) e os problemas de Davi (capítulos 11-20). A última parte do livro (capítulos 21-24) é um apêndice não-cronológico que contém mais detalhes do reinado de Davi. O livro começa com Davi recebendo a notícia da morte de Saul e seus filhos. Ele proclama um tempo de luto. Logo depois, Davi foi coroado rei de Judá, enquanto Isbosete, um dos filhos sobreviventes de Saul, é coroado rei de Israel (capítulo 2). Uma guerra civil segue, mas Isbosete é assassinado e os israelitas pedem a Davi que reine sobre eles também (capítulos 4-5). Davi muda a capital do país de Hebron para Jerusalém e depois move a Arca da Aliança (capítulos 5-6). O plano de Davi para construir um templo em Jerusalém é vetado por Deus, que em seguida promete a Davi as seguintes coisas: 1) Davi teria um filho que governaria depois dele; 2) o filho de Davi iria construir o templo; 3) o trono ocupado pela linhagem de Davi seria estabelecido para sempre e 4) Deus nunca iria remover a sua misericórdia da casa de Davi (2 Samuel 7:4-16). Davi lidera Israel à vitória sobre muitas das nações inimigas que os cercavam. Ele mostra também bondade à família de Jônatas ao cuidar de Mefibosete, filho aleijado de Jônatas (capítulos 8-10). Então Davi cai. Ele cobiça uma bela mulher chamada Bate-Seba, comete adultério com ela e depois tem o marido assassinado (capítulo 11). Quando o profeta Natã confronta Davi com seu pecado, Davi confessa e Deus graciosamente perdoa. No entanto, o Senhor diz a Davi que problemas poderiam surgir de dentro de sua própria casa. Problema realmente surge quando o filho primogênito de Davi, Amnom, violenta sua meia-irmã, Tamar. Em retaliação, o irmão de Tamar, Absalão, mata Amnom. Absalão então foge de Jerusalém ao invés de enfrentar a ira de seu pai. Mais tarde, Absalão lidera uma revolta contra Davi e alguns dos antigos companheiros de Davi se juntam à rebelião (capítulos 15-16). Davi é forçado a sair de Jerusalém e Absalão se posiciona como rei por um curto período de tempo. No entanto, o usurpador é derrubado e - contra a vontade de Davi - é morto. Davi lamenta a morte de seu filho. Um sentimento geral de inquietação assola o resto do reinado de Davi. Os homens de Israel ameaçam separar-se de Judá e Davi deve tem que suprimir mais uma rebelião (capítulo 20). O apêndice do livro inclui informação sobre uma fome de três anos que assolou a terra (capítulo 21), uma canção de Davi (capítulo 22), um registro das façanhas dos mais valentes guerreiros de Davi (capítulo 23), assim como o censo pecaminoso de Davi e a consequente praga (capítulo 24). Prenúncios: O Senhor Jesus Cristo é visto principalmente em duas partes de 2 Samuel. Em primeiro lugar, a aliança davídica conforme descrita em 2 Samuel 7:16: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” e reiterada em Lucas 1:32-33 nas palavras do anjo que apareceu à Maria para anunciar-lhe o nascimento de Jesus: “Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim”. Cristo é o cumprimento da aliança davídica; Ele é o Filho de Deus da linhagem de Davi que reinará para sempre. Em segundo lugar, Jesus é visto na canção de Davi no final da sua vida (2 Samuel 22:2-51). Ele canta sobre a sua rocha, fortaleza e libertador, seu refúgio e salvação. Jesus é a nossa Rocha (1 Coríntios 10:4, 1 Pedro 2:7-9), o Libertador de Israel (Romanos 11:25-27), a fortaleza para qual “já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta” (Hebreus 6:18) e o nosso único Salvador (Lucas 2:11; 2 Timóteo 1:10). Aplicação Prática: Qualquer um pode cair. Mesmo um homem como Davi, que verdadeiramente desejava seguir a Deus e que foi ricamente abençoado por Deus, era suscetível à tentação. O pecado de Davi com Bate-Seba deve servir como um aviso a todos nós para guardarmos nosso coração, nossos olhos e nossas mentes. Orgulho sobre a nossa maturidade espiritual e nossa capacidade de resistir à tentação com nossas próprias forças é o primeiro passo para uma queda (1 Coríntios 10:12). Deus é misericordioso para perdoar até os pecados mais hediondos quando realmente nos arrependemos. No entanto, curar a ferida causada pelo pecado nem sempre apaga a cicatriz. O pecado tem consequências naturais e, mesmo depois de perdoado, Davi colheu o que havia semeado. Seu filho da união ilícita com a esposa de outro homem foi-lhe tirado (2 Samuel 12:14-24) e Davi sofreu a miséria de uma ruptura no seu relacionamento amoroso com seu Pai celestial (Salmos 32 e 51). Quão melhor é evitar o pecado em primeiro lugar, ao invés de ter que pedir perdão depois! Esboço de 2º Samuel I. Os triunfos de Davi 1.1-10.19 os triunfos políticos de Davi 1.1-5.25 1) O reino de Davi em Hebrom 1.1-4.12 2) O reino de Davi em Jerusalém 5.1-25 Os triunfos espirituais de Davi 6.1-7.29 1) Mudando a arca 6.1-23 2) Aliança de Deus com Davi 7.1-29 Os triunfos militares de Davi 8.1-10.19 1) Triunfos sobre os seus inimigos 8.1-12 2) O governo Justo de Davi 8.13– 9.13 3) Triunfos sobre Ámom é Síria 10.1-19 II. As transgressões de Davi 11.1-27 O pecado do adultério 11.1-5 O pecado do Assassinato 11.6-27 1) Lealdade de Urias a Davi 11.6-13 2) Ordem de Davi para assassinar Urias 11.14-25 3) Casamento de Davi com Bate-Seba 11.26,27 III. Os problemas de Davi 12.1-13.36 Problemas na casa de Davi 12.1-13.36 1) Profecia de Natã 12.1-14 2) Morte do filho de Davi 12.15-25 3) Lealdade de Joabe a Davi 12.26-31 4) Incesto na casa de Davi 13.1-20 5) Absalão mata Amom 13.21-36 Problemas no reino de Davi 13.37—24.25 1) Rebelião de Absalão 13.37—17.29 2) Joabe mata Absalão 18.1-33 3) Restauração de Davi como rei 19.1– 20.26 4) Comentários sobre o reino de Davi 21.1—24.25 Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

Livro de 1º Samuel – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 31 Total de versículos: 811 Tempo aproximado de leitura: 60 min Autor: O autor é anônimo. Sabemos que Samuel escreveu um livro (1 Samuel 10:25), e é muito possível que tenha escrito parte deste livro também. Outros possíveis participantes de 1 Samuel são os profetas / historiadores Natã e Gade (1Crônicas 29:29). Quando foi escrito: Originalmente, os livros de 1 e 2 Samuel eram um só livro. Os tradutores do Septuaginto os separaram, e desde então temos mantido essa separação. Os eventos de 1 Samuel ocorreram durante um período de 100 anos, a partir de 1100 AC até 1000 AC. Os eventos de 2 Samuel descrevem outros 40 anos. A data em que foi escrito, então, seria algum tempo depois de 960 AC. Propósito: Primeiro Samuel registra a história de Israel na terra de Canaã à medida que passam pela transição do governo dos juízes a uma nação unificada sob reis. Samuel emerge como o último juiz e unge os dois primeiros reis, Saul e Davi. Versículos-chave: “Porém esta palavra não agradou a Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos governe. Então, Samuel orou ao SENHOR. Disse o SENHOR a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele” (1 Samuel 8:6-7). “Então, disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente em não guardar o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te ordenou; pois teria, agora, o SENHOR confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não subsistirá o teu reino. O SENHOR buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou” (1 Samuel 13:13-14). “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei” (1 Samuel 15:22-23). Resumo: O livro de 1 Samuel pode ser nitidamente dividido em duas seções: a vida de Samuel (capítulos 1-12) e a vida de Saul (capítulos 13-31). O livro começa com o nascimento milagroso de Samuel em resposta à oração fervorosa de sua mãe. Quando ainda criança, Samuel viveu e serviu no templo. Deus o escolheu como um profeta (3:19-21), e a primeira profecia da criança foi uma de julgamento sobre os sacerdotes corruptos. Os israelitas vão à guerra com os seus inimigos perenes, os filisteus. Os filisteus capturam a arca da aliança e estão em posse temporária dela, mas quando o Senhor envia julgamento, os filisteus devolvem a arca. Samuel chama Israel ao arrependimento (7:3-6) e em seguida à vitória sobre os filisteus. O povo de Israel, querendo ser como as outras nações, deseja ter um rei. Samuel está insatisfeito com suas demandas, mas o Senhor lhe diz que não é a liderança de Samuel que estão rejeitando, mas a Sua própria. Depois de alertar as pessoas do que ter um rei implicaria, Samuel unge um benjamita chamado Saul, o qual é coroado em Mispa (10:17-25). Saul experimenta de um sucesso inicial, derrotando os amonitas em batalha (capítulo 11). Mas então ele faz uma série de equívocos: ele presunçosamente oferece um sacrifício (cap. 13), faz um voto tolo em detrimento de seu filho Jônatas (capítulo 14) e desobedece uma ordem direta do Senhor (capítulo 15). Como resultado da rebelião de Saul, Deus escolhe um outro para tomar o seu lugar. Enquanto isso, Deus retira a Sua bênção de Saul e um espírito maligno começa a atormentá-lo à loucura (16:14). Samuel viaja a Belém para ungir o jovem Davi como o próximo rei (capítulo 16). Mais tarde, Davi tem o seu confronto famoso com Golias, o filisteu, e se torna um herói nacional (capítulo 17). Davi serve na corte de Saul, casa com a filha de Saul e faz amizade com o filho de Saul. O próprio Saul fica com ciúmes do sucesso e popularidade de Davi e tenta matá-lo. Davi foge e assim começa um período extraordinário de aventura, intriga e romance. Com ajuda sobrenatural, Davi por pouco, mas consistentemente, escapa do sanguinário Saul (capítulos 19-26). Por tudo isso, Davi mantém a sua integridade e sua amizade com Jônatas. Perto do final do livro, Samuel morre e Saul é um homem perdido. Na véspera de uma batalha com a Filístia, Saul procura obter respostas. Tendo rejeitado a Deus, ele não recebe ajuda dos céus e acaba procurando o conselho de um médium. Durante a sessão, o espírito de Samuel ressurge dentre os mortos para dar uma última profecia: Saul morreria em batalha no dia seguinte. A profecia foi cumprida; os três filhos de Saul, incluindo Jônatas, caem no campo de batalha e Saul comete suicídio. Prenúncios: A oração de Ana em 1 Samuel 2:1-10 faz várias referências proféticas a Cristo. Ela exalta a Deus como a sua Rocha (v. 2), e sabemos através dos evangelhos que Jesus é a rocha sobre a qual devemos construir a nossa casa espiritual. Paulo se refere a Jesus como uma “pedra de tropeço” aos judeus (Romanos 9:33). Cristo é chamado de “Pedra espiritual” que forneceu bebida espiritual aos israelitas no deserto, assim como Ele oferece “água viva” para as nossas almas (1 Coríntios 10:4, João 4:10). A oração de Ana também faz referência ao Senhor que julgará as extremidades da terra (2:10), enquanto Mateus 25:31-32 se refere a Jesus como o Filho do Homem que virá em glória para julgar a todos. Aplicação Prática: A trágica história de Saul é um estudo de oportunidade desperdiçada. Ali estava um homem que tinha tudo - honra, autoridade, riquezas, boa aparência e muito mais. No entanto, ele morreu em desespero, com medo de seus inimigos e sabendo que tinha desapontado a sua nação, a sua família e o seu Deus. Saul cometeu o erro de achar que poderia agradar a Deus através de desobediência. Como muitos hoje, ele acreditava que um motivo razoável iria compensar pelo mau comportamento. Talvez o seu poder lhe subiu à cabeça e ele começou a achar que estava acima das regras. De alguma forma, ele desenvolveu uma baixa opinião dos mandamentos de Deus e uma elevada opinião de si mesmo. Mesmo quando confrontado com o seu erro, ele tentou justificar-se e foi isso que causou a rejeição de Deus (15:16-28). O problema de Saul é um que todos nós temos que enfrentar - um problema do coração. Obediência à vontade de Deus é necessária para o sucesso, e se em orgulho nos rebelarmos contra Ele, estamos causando a nossa própria derrota. Davi, por outro lado, não parecia ser muita coisa no início. Até mesmo Samuel foi tentado a ignorá-lo (16:6-7). Mas Deus vê o coração e viu em Davi um homem segundo o Seu coração (13:14). A humildade e a integridade de Davi, juntamente com a sua ousadia para o Senhor e o seu compromisso à oração, deixaram um bom exemplo para todos nós. Esboço de 1º Samuel I. Renovação sob Samuel 1.1-7.17 Nascimento e infância de Samuel 1.1-2.36 1) Nascimento e dedicação de Samuel 1.1-2.11 2) Crescimento de Samuel e a corrupção dos filhos de Eli 2.12-36 Começo do ministério profético de Samuel 3.1-4.1 1) Seu chamado por Deus 3.1-9 2) Sua palavra para Eli 3.10-18 3) Seu ministério a todo Israel 3.19-4.1 O ministério de Samuel como juiz 4.2-7.17 1) A captura da arca pelos filisteus 4.2-11 2) A morte de Eli 4.12-22 3) Recuperação da arca por Israel 5.1-7.1 4) Samuel exorta ao arrependimento 7.2-6 5) Derrota dos filisteus 8.1– 15.35 II. O reinado de Saul 8.1 –15.35 Estabelecimento de Israel por um rei 8.1-12.25 1) A Exigência de Israel por um rei 8.1-22 2) Saul é escolhido e ungido rei 9.1-12.25 As guerras de Saul 13.1-14.52 Saul é rejeitado por Deus 15.1-35 III. Declínio de Saul e ascensão de Davi 16.1-31.13 A crescente proeminência de Davi 16.1-17.58 1) Sua unção por Samuel 16.1-13 2) Sua música diante de Saul 16.14-23 3) O conflito de Davi com os filisteus e os amelequitas 29.1-30.31 4) A morte de Saul 31.1-13 Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Livro de Rute – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 4 Total de versículos: 85 Tempo aproximado de leitura: 10 min O livro de Rute fazia parte da coleção dos livros sagrados que se liam publicamente por ocasião de certos aniversários; por se tratar de assunto relativo às colheitas, liam-se nos dias de Pentecostes, que era a festa das colheitas. O livro de Rute figura na lista dos livros canônicos logo depois do livro de Juízes, tanto na versão da LXX quanto na enumeração feita por Josefo. A história de Rute se passa no tempo dos Juízes, num período de desobediência, idolatria e violência. Conta como uma mulher viúva, moabita, que mesmo sendo de uma nação proibida de entrar na congregação do Senhor, eternamente (Dt 23.3-4), decidiu seguir o povo de Deus, se tornou bisavó de Davi e ancestral do Messias. Essa história desenrola-se entre o mandato dos juízes Gideão e Jefté. O livro reflete um período transitório de paz entre Israel e Moabe (Jz 3.12-30). Oferece uma série de vislumbres da vida de membros de uma família israelita. Apresenta também um relato ameno de como permanecera um pouco de fé e piedade genuína no período dos juízes, suavizando um retrato da época que se não fosse por isso, seria totalmente obscuro. AUTOR A autoria do livro é desconhecida. Alguns estudiosos entendem que este livro tenha sido escrito depois de Davi ser ungido rei, mas antes de assumir o trono, quando Samuel ainda era vivo, por isso uma tradição judaica atribui a autoria do livro de Rute ao profeta Samuel. COMPOSIÇÃO E PROPÓSITO Apesar de situado na Bíblia após o livro de juízes, a exemplo da Septuaginta e da Vulgata Latina, a ordem judaica coloca o livro na terceira divisão do cânon, entre os Escritos. Por isso não é considerado parte da história deuteronomista. Essa comovente história tem provocado diferentes conclusões quanto ao seu propósito. Uma história como essa não precisa de moral para justificar sua popularidade, porém não há duvidas de que ela tem uma moral ou um propósito teológico. Os interpretes da Bíblia não tem dificuldade em encontrar um propósito; o desafio tem sido encontrar um tema central que perpasse todo o texto. Propósito principal – mostrar como uma mulher gentia se converteu em um dos antepassados de Cristo. O livro de Rute tem sido interpretado como celebração do seguinte: 1 - Que um convertido, mesmo sendo de Moabe, pode ser fiel ao Senhor e obter filiação plena em Israel. 2 – Que qualidades como lealdade e fidelidade as leis do Senhor demonstradas por um estrangeiro podem servir de modelo para o povo de Israel. Boaz é o modelo para o parente que redime, ao passo que Rute reflete graciosamente o amor fiel de Deus a quem busca refúgio em suas asas. Como o livro termina em Davi, muitos o consideram uma mensagem relativa ao rei. A questão é: - O que o livro quer transmitir sobre ele? - É uma tentativa de explicar e desculpar sua ascendência estrangeira? - Pretende mostrar a providência divina em ação para preservar a linhagem da qual era herdeiro? Outros consideram a ligação de Davi com o livro, secundária. Acreditam que o propósito é promover a conversão de povos estrangeiros ou desmotivar o casamento de israelitas com eles. Ambas as ideias são difíceis de apoiar por causa da mudança da situação descrita na obra e por causa do seu tom suave. DIFICULDADES Questões que tem fascinado estudiosos surgem diretamente de elementos estranhos da narrativa. Estes podem ser divididos em grupos: 1 – Questões relacionadas com as dificuldades de definir a data e origem do livro. 2 – Questões sobre costumes legais, especialmente as obrigações familiares de um parente próximo de uma pessoa falecida. TEMA Providência divina. Diante da tragédia que se abateu na família de Elimeleque, Deus recompensou amplamente a piedade de Noemi e a lealdade de Rute. Como a vida de uma jovem moabita foi enriquecida: 1 – Por meio da constância de uma sábia escolha (1.16). 2 – Por meio de um trabalho humilde (2.2-3). 3 – Ao aceitar o conselho de uma amiga mais idosa e experiente (3.1-5). 4 – Por meio de uma aliança providencial (4.10-11). 5 – Por sua exaltação em uma família real (4.13-17). TEOLOGIA Talvez pareça surpreendente que quem reflete o amor de Deus seja uma moabita, povo que foi amaldiçoado pelo próprio Deus, por terem agido como inimigos do povo de Israel durante a caminhada deles no deserto em direção a Canaã (Dt 23.3-4). No entanto, sua total lealdade à família israelita que à acolheu por casamento e sua devoção total à sogra Noemi, tornam essa mulher verdadeira filha de Israel, ancestral de Davi e por consequência de Jesus. É um exemplo claro que Deus não escolhe ninguém por causa da família, nação ou povo, mas sim por ajustar a sua vida a vontade de Deus. Rute ao ser incluída na linhagem de Jesus, significa que todos as nações serão aceitos e representados no reino de Deus. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS A narrativa é caracteristicamente histórica, e confirma a harmonia que se observa nas circunstâncias do tempo e das relações cordiais existentes entre Israel e Moabe (1 Sm 22.3-4). Os fatos são registrados sem comentário algum, o que vem provar que foram escritos antes do cativeiro. A linguagem é semelhante aos escritos daquela época, em paralelo com o livro de Juízes. O livro de Rute não recebeu a sua forma literária final, senão muito tempo depois dos acontecimentos que ele contém; o que vem explicar o costume de tirar o sapato do pé em sinal de testemunho na aquisição de propriedade, usado nos tempos primitivos. Embora seja um documento de clara importância histórica sobre o período dos juízes, a narrativa do livro é desenvolvida com intensidade dramática. A história move-se rapidamente através de vários estágios, cada um sendo marcado por elementos de ironia e suspense, todos contribuindo para comprovar a fidelidade da providência divina. O Senhor inspira o retorno de Noemi para Israel, a fidelidade de Rute, a aliança e o apego correto de Boaz no cumprimento da lei. O livro fecha com uma genealogia do rei Davi, o descendente de Boaz, o israelita e de Rute a moabita, uma jovem viúva que se refugiou sobre as asas do Senhor Deus de Israel (2.12). Rute e Boaz fazem parte de uma genealogia mais extensa onde a graça de Deus é combinada com a fraqueza humana. O QUE ERA O RESGATADOR? O sistema do levirato é explicado na literatura israelita em Deuteronômio 25.5-10. De acordo com essa lei, se um homem morresse sem deixar filhos, o irmão era obrigado a gerar um filho com a viúva. Posteriormente, esse filho seria considerado herdeiro do irmão falecido. Assim as famílias não teriam fim. A interpretação do costume do levirato é condizente com direitos de resgate de terras e introduz o contexto legal do livro de Rute. O termo “Resgatador”, é tirado da lei de resgate de terras (Lv 25.25-31, 47-55). Segundo essa lei, a terra vendida podia ser comprada de volta por um parente para manter a terra na família. Tanto a lei da terra quanto o levirato tinham o propósito de preservar família e terra, questões essenciais na aliança. Eram provisões sociais pelas quais as promessas divinas continuariam a se realizar mesmo para famílias em crise. QUEM ERAM OS MOABITAS? Os moabitas são descendentes de Ló com sua filha primogênita. Estabeleceram-se na Transjordânia, território entre o mar Morto e o deserto da Arábia, anteriormente ocupada pelos emins, conhecidos também como refains ou enaquins (Deuteronômio 21.10-11). Muitas vezes faziam incursões predatórias em Israel; “em bandos costumavam invadir a terra, à entrada do ano” (2 Reis 13.20). Combatidos por juízes e por Saul, foram definitivamente vencidos por Davi. Tinham religião politeísta e um regime monárquico. Seus deuses principais eram Quemos, Atar e Baal-Peor. Inscrições encontradas coincidem com os da Bíblia e mostram que Quemos era o deus de Moabe. ESBOÇO DE RUTE Sobre Noemi: 1- Sua permanência em Moabe (1.1-5). 2- Seu triste regresso à Belém (1.6-22). Sobre Rute: 1- Respiga nos campos de Boaz (cap. 2). 2- Seu casamento com Boaz (4.13) 3- O nascimento de seu filho Obede, avô de Davi (4.13-16). 4- Na genealogia de Davi (4.18-22). Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

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