segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Livro dos Juízes - Estudo

Juízes é um livro dos Neviim judaico e do Velho Testamento cristão (2º Livro histórico), que segue o Livro de Josué e antecede o Livro de Rute que trata da história dos israelitas entre a conquista da terra de Canaã no final da vida de Josué até o estabelecimento do primeiro reinado. Autor: O Livro de Juízes não revela especificamente o nome do seu autor. A tradição é que o profeta Samuel foi o autor de Juízes. Evidência interna indica que o autor viveu logo após o período dos juízes. Samuel se encaixa nessa qualificação. O livro de Juízes foi provavelmente escrito entre 1045 e 1000 AC. Tema principal: A história de Israel durante os tempos dos quatorze juízes (14 JUIZES). Conteúdo: O livro descreve a continuação da conquista da Terra Prometida e a vida das tribos até o início da monarquia, era um tempo de democracia tribal (Jz 17,6; Jz 21,25) e cheio de dificuldades. As tribos eram governadas por chefes que tinham um cargo vitalício (juízes menores); nos momentos de grande dificuldade surgiam chefes carismáticos (juízes maiores), que uniam e lideravam as tribos na luta contra os inimigos. Os israelitas, que se encontravam na terra prometida, desviavam-se dos mandamentos divinos praticando a idolatria e por isso eram derrotados pelas nações vizinhas ou próximas que passavam a oprimir o povo. Então arrependiam-se e pediam a ajuda de Deus. Surgiam assim líderes, enviados por Ele, para resgatarem o povo de Israel dos inimigos e restabelecerem a obediência à lei mosaica. Os Juízes eram então suscitados por Deus para libertar o seu povo eleito da opressão dos inimigos, devolver-lhe a paz e a posse de suas terras. Estes líderes agiam em nome Justiça divina e, movidos por profundo senso de fidelidade a Deus. Eles tinham poder de reis, mas eram escolhidos por Deus. Também tinham dons de profecia, dirigindo o povo segundo a vontade do Altíssimo. O primeiro juiz foi Otniel (Otoniel em algumas traduções), o qual libertou os israelitas do rei Cusã-Risataim. O penúltimo juiz da história do livro de juízes foi Sansão, o qual possuía uma força excepcional e teria liderado o povo contra os filisteus, mas foi traído por Dalila ao lhe revelar que o perderia sua força se cortassem seus cabelos. Após Sansão houve também como Juiz o profeta Samuel (1Sm 1-7), fechando assim o ciclo dos juízes sobre Israel. Entre alguns juízes durante essa época que mais se destacam no livro estão Débora, Gideão, Jefté e Sansão. Porém, os judeus se cansaram deles e pediram a Samuel, último Juiz, que lhes desse reis como os tinham os países vizinhos. Embora o pedido o tivesse desagradado enormemente a ele e a Deus, concedeu-lhes o solicitado, fazendo-lhes contudo profeticamente saber tudo o que haveriam de sofrer por causa desse pedido. O livro termina relatando a decadência moral dos israelitas, assim concluindo no verso 6 do capítulo 17: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto." Lista dos juízes e suas tribos • Moisés (Levi) Ex 2:1-2 • Josué (Efraim) - Js 1:1-9 • Otniel (Judá) sobrinho de Calebe- Jz 1:11-15; Jz 3:7-11 • Eúde (Benjamim) - Jz 3:12-30; Jz 4:1 • Sangar (desconhecido a origem) - Jz 3:31; Jz 5:6 • Débora (Efraim) - Jz 4:1; Jz 5:31 • Gideão (Manassés) - Jz 6:1-8; Jz 6:32 • Tola (Issacar) - Jz 10:1-2 • Jair (Manassés) - Jz 10:3-5 • Jefté (Manassés) - Jz 10:6-12; Jz 7 • Ibsã (Judá ou Zebulom) - Jz 12:8-9 • Elom (Zebulom) - Jz 12:11-12 • Abdon (Efraim) - Jz 12:13-15 • Sansão (Dã) - Jz 13-16 • Eli - I Samuel 4:18 • Samuel (Efraim) - I Samuel 1-25 Propósito: O livro de Juízes pode ser dividido em duas seções: 1) Capítulos 1-16 narram as guerras de libertação que começam com a derrota dos cananeus e terminam com a derrota dos filisteus e a morte de Sansão; 2) Capítulos 17-21 são conhecidos como um apêndice e não se referem aos capítulos anteriores. Esses capítulos são enxergados como um tempo quando “não havia rei em Israel” (Juízes 17:6; 18:1, 19:1, 21:25). O Livro de Rute era originalmente uma parte do Livro dos Juízes, mas em 450 DC foi removido para tornar-se um livro próprio. Versículos-chave: Juízes 2:16-19: “Suscitou o SENHOR juízes, que os livraram da mão dos que os pilharam. Contudo, não obedeceram aos seus juízes; antes, se prostituíram após outros deuses e os adoraram. Depressa se desviaram do caminho por onde andaram seus pais na obediência dos mandamentos do SENHOR; e não fizeram como eles. Quando o SENHOR lhes suscitava juízes, o SENHOR era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimigos, todos os dias daquele juiz; porquanto o SENHOR se compadecia deles ante os seus gemidos, por causa dos que os apertavam e oprimiam. Sucedia, porém, que, falecendo o juiz, reincidiam e se tornavam piores do que seus pais, seguindo após outros deuses, servindo-os e adorando-os eles; nada deixavam das suas obras, nem da obstinação dos seus caminhos.” Juízes 10:15: “Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR: Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.” Juízes 21:25: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto.” Resumo: O livro de Juízes é um relato trágico de como Yahweh [Deus] foi “tido como certo” pelos Seus filhos ano após ano, século após século. Juízes é um triste contraste do livro de Josué, pois Josué narra as bênçãos que Deus concedeu aos israelitas pela sua obediência a Deus na conquista da terra. Em Juízes os israelitas foram desobedientes e idólatras, o que causou suas muitas derrotas. Contudo, Deus nunca deixou de abrir os Seus braços de amor ao Seu povo sempre que se arrependeram dos seus maus caminhos e invocaram o Seu nome (Juízes 2:18). Através dos 15 juízes de Israel, Deus honrou a Sua promessa a Abraão de proteger e abençoar a sua descendência (Gênesis 12:2-3). Após a morte de Josué e seus contemporâneos, os israelitas voltaram a servir a Baal e Astarote. Deus permitiu que os israelitas sofressem as consequências de adorar a falsos deuses. Foi então que o povo de Deus clamou a Yahweh por ajuda. Deus enviou juízes aos Seus filhos para guiá-los em uma vida justa. Entretanto, eles repetidamente continuavam a virar as costas para Deus e a voltar-se às suas vidas perversas. No entanto, para manter a Sua parte da aliança com Abraão, Deus sempre salvou o Seu povo de seus opressores durante todo o período de 480 anos do Livro de Juízes. Provavelmente o juiz mais notável foi o 12º juiz, Sansão, o qual chegou a liderar os israelitas após um cativeiro de 40 anos sob o domínio dos filisteus cruéis. Sansão liderou o povo de Deus à vitória sobre os filisteus, onde perdeu sua própria vida depois de 20 anos como juiz de Israel. Prenúncios: O anúncio para a mãe de Sansão de que ela teria um filho para liderar Israel é um prenúncio do anúncio à Maria sobre o nascimento do Messias. Deus enviou o Seu Anjo a ambas mulheres e lhes disse: “Eis que tu conceberás e darás à luz um filho” (Juízes 13:7, Lucas 1:31) que conduziria o povo de Deus. A libertação compassiva de Deus do Seu povo, apesar dos seus pecados e rejeição dEle, apresenta um retrato de Cristo na cruz. Jesus morreu para libertar o Seu povo – todos aqueles que chegariam a crer nEle – dos seus pecados. Embora a maioria das pessoas que seguiam a Jesus durante o Seu ministério iriam eventualmente cair e rejeitá-Lo, ainda assim Ele permaneceu fiel à sua promessa e foi para a cruz para morrer por nós. Aplicação Prática: A desobediência sempre traz julgamento. Os israelitas apresentam um perfeito exemplo do que não devemos fazer. Em vez de aprender com essa experiência de que Deus sempre vai punir a rebelião contra Ele, eles continuaram a desobedecer e sofrer com o desgosto e a disciplina de Deus. Se continuarmos na desobediência, nós convidamos a disciplina de Deus, não porque o Senhor se regozija em sofrimento, mas porque “o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (Hebreus 12:6). O Livro de Juízes é um testemunho da fidelidade de Deus. Mesmo “se somos infiéis, ele permanece fiel” (2 Timóteo 2:13). Embora possamos ser infiéis a Ele, como os israelitas foram, ainda assim Ele é fiel para nos salvar e preservar (1 Tessalonicenses 5:24) e para nos perdoar quando buscamos o perdão (1 João 1:9). “… o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1:8-9). Conclusão: O livro descreve uma série de quedas do povo de Deus na idolatria, seguidas por invasões da Terra Prometida e servidões a seus inimigos. Tendo como centro a personalidade dos juizes levantados como libertadores de Israel, a narrativa ressalta especialmente o lado obscuro do panorama. Um estudo das datas parece mostrar que o povo manteve uma lealdade exterior ao Senhor durante um período de tempo maior do que poderia indicar uma leitura casual do livro. Mensagens Espirituais: (1) O fracasso humano, a misericórdia e a libertação divinas. (2) O poder da oração que, nas emergências, se converte num verdadeiro clamor a Deus. Note no livro a repetida declaração de que Israel chamou ao Senhor. LIVRO COMPANHEIRO, Gálatas. Compare a nova queda de Israel na idolatria com a reincidência da igreja da Galácia no cerimonialismo. ESTUDOS DE PERSONAGENS. Débora, a patriota. Gideão, o valente poderoso. Jefté, o homem do voto precipitado. Sansão, o forte fraco. UM LIVRO TRISTE (1) O livro de Juízes, (assim chamado porque é a história dos 14 juízes que reinaram e libertaram Israel), abrange o período que vai da conquista da terra e morte de Josué, até o tempo da magistratura de Samuel e a implantação da monarquia em Israel. (2) É a história divina dos repetidos desvios de Israel, da triste decadência nacional, um dos mais negros períodos da história de Israel. (3) O livro de Números é triste ao narrar os 40 anos de jornadas errantes por causa do pecado, mas, o livro de Juízes é muito mais acabrunhador, porque expõe o pecado de Israel durante não 40 anos, mas, quase 10 vezes 40. NOTÁVEL O livro é notável por muitos motivos: (1) Tem dois inícios, 1:1 e 2:6. (2) Contém a parábola mais antiga do mundo, 9:8-15. (3) Contém o maior e mais notável hino guerreiro do mundo, Capítulo 5. (4) Recorda a história da história da investidura da primeira mulher na magistratura da nação, Capítulo 4. Provavelmente era viúva. ANÁLISE A primeira vista, o livro nos parece sem ordem. Certamente, seu relato não está em ordem cronológica. Mas, a ordem é a primeira lei do céu, e houve razão divina para não ser escrito cronologicamente. O esboço demonstra-o. Na primeira seção, Israel depende do Senhor; na segunda, Israel deixa o Senhor, e colhe os resultados amargos; e na última seção, vemos os abismos profundos para os quais Israel resvalara. (1) INTRODUÇÃO - Caps. 1 - 2:5 Chave 1:1 DEPENDÊNCIA do Senhor Israel principiou bem mas, não perseverou. • Deus consultado e os resultados, 1:1-10 • Judá principiou em casa, 1:3-4 • A captura de Adoní-Bezeque, 1:5-7 • Vitórias imperfeitas, 1:8-36 • Repreensão do Senhor, 2:1-5 (2) HISTÓRIA DAS QUEDAS, SEUS RESULTADOS E RESTAURAÇÕES - Cap. 2:6 - Cap. 16 DESVIANDO do Senhor e alguns resultados Verso-chave desta seção: 2:12 Logo Israel se desviou e 2:6-23 é um sumário de sua história subsequente. A Ordem das 7 apostasias Escrituras Conquistador Duração Libertador e Juiz Apostasia 1ª Apostasia 2ª Apostasia 3ª Apostasia 4ª Apostasia 5ª Apostasia 6ª Apostasia 7ª 3:1-11 3:12-31 4 - 5 6, 7 - 8:32 8:33-9-10:5 10:6-12 13, 14, 15, 16 Cusã-Risataim Rei de Mesopotânia Rei de Moade e Filisteus Jabim, rei de Canaã Midianitas Guerra Civil Anonitas Filisteus 8 anos 18 anos 20 anos 7 anos 18 anos 40 anos Otniel Eude e Sangar Débora e Baraque Gideão Abimeleque, Toia e Jair Jeftá, Ibzá, Elom e Abdom Sansão (3) APÊNDICE - Caps. 17 - 21 ANARQUIA resultado final Verso-chave 17:6 Confusão e anarquia • Na igreja ou na vida religiosa da nação, 17 e 18 • Na família ou na moral da nação, 19 • No país ou na vida política da nação, 20 e 21 NOTAR: 18:30 - O primeiro sacerdote idólatra foi o neto de Moisés.

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