terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Livro de Jó – Estudo

Plano de leitura Número total capítulos: 42 Total de versículos: 1.070 Tempo aproximado de leitura: 90 min O Livro de Jó ou Job é um dos livros sapienciais do Antigo Testamento e da Tanakh, vem depois do Livro de Ester e antes do Livro de Salmos. É considerada a obra prima da literatura do movimento de Sabedoria. Também é considerada uma das mais belas histórias de prova e fé. Conta a história de Jó, onde o livro mostra que era um homem temente a Deus e o agradava. As inúmeras exegeses presentes neste livro são tentativas clássicas para conciliar a coexistência do mal e de Deus (teodicéia). A época em que se desenrolam os fatos, ou quando este livro foi redigido, é controverso. Existe uma famosa discussão no Talmud a este respeito. A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escritos podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor. O livro de Jó também é considerado o livro mais antigo da Bíblia, mais até que o livro de Gênesis. Por outro lado, a Edição Pastoral da Bíblia sustenta que o livro provavelmente foi redigido, em sua maior parte, durante o exílio, no século VI AC. A Bíblia de Jerusalém sustenta que o livro é posterior a Jeremias e Ezequiel, ou seja, escrito em uma época posterior ao Exílio na Babilônia, considerando provável sua composição no início do séc. V AC. A Tradução Ecumênica da Bíblia sustenta que a obra foi composta em várias etapas: • O prólogo (1:1-2:13) e o epílogo (42:7-17), seriam um conto folclórico que originalmente narrava a paciência exemplar de um homem da terra de Us (talvez em Edom, a sudeste do Mar Morto). Este conto circulava entre os sábios do Oriente Médio de formal oral desde o fim do Segundo Milênio AC, e foi recontado em hebraico na época deSamuel, David e Salomão (sécs. XI e X AC). • Servindo-se da bem conhecida história do infeliz Jó (Ez 14:14.20), um poeta da segunda geração do Exílio na Babilônia (aprox. 575 AC) compôs o poema (3:1-31:40; 38:1-42:6). • Os discursos de Elihu (32:1-37:24), que tratam do valor educador do sofrimento, seria uma adição posterior de outro autor. • Muitos pensam que o Elogio da Sabedoria (28:1-28) seria uma adição posterior. Autor: O Livro de Jó não revela especificamente o nome do seu autor. Os candidatos mais prováveis são Jó, Eliú, Moisés e Salomão. Quando foi escrito: A data da autoria do Livro de Jó seria determinado por quem foi o seu autor. Se Moisés foi o autor, a data seria por volta de 1440 AC. Se Salomão foi o autor, a data seria em torno de 950 AC. Já que não sabemos de certeza quem foi o autor, não podemos saber exatamente quando foi escrito. Propósito: O Livro de Jó nos ajuda a entender o seguinte: Satanás não pode nos afligir com destruição física e financeira sem a permissão de Deus. Deus tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer. Isso vai além de nossa capacidade humana de entender o “porquê” por trás de todo o sofrimento no mundo. Os ímpios vão receber o pagamento por suas ações. Nem sempre podemos culpar o nosso sofrimento e pecado em nossos estilos de vida. Sofrimento às vezes pode ser permitido em nossas vidas para purificar, testar, ensinar ou fortalecer a alma. Deus continua a ser suficiente e a merecer e desejar o nosso amor e louvor em todas as circunstâncias da vida. Versículos-chave: Jó 1:1: “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.” Jó 1:21: “e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” Jó 38:1-2: “Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento?” Jó 42:5-6: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Resumo: O livro inicia com uma cena no céu onde Satanás aparece diante de Deus para acusar Jó. Ele insiste que Jó apenas serve a Deus porque o Senhor o protege. Satanás pede então pela permissão de Deus para testar a fé e lealdade de Jó. Deus concede a Sua permissão, mas apenas dentro de certos limites. Por que os justos sofrem? Esta é a pergunta feita depois que Jó perde sua família, sua riqueza e sua saúde. Os três amigos de Jó (Elifaz, Bildade e Zofar) aparecem para “confortá-lo” e discutir a sua enorme série de tragédias. Eles insistem que seu sofrimento é em castigo pelo pecado em sua vida. Jó, no entanto, continua a ser dedicado a Deus por tudo isso e afirma que sua vida não tem sido uma de pecado. Um quarto homem, Eliú, diz a Jó que ele precisa se humilhar e submeter ao uso de dificuldades por parte de Deus para purificar a sua vida. Finalmente, Jó questiona o próprio Deus e aprende lições valiosas sobre a Sua soberania e a sua necessidade de confiar totalmente no Senhor. Deus então restabelece a saúde, felicidade e prosperidade para muito além do seu estado anterior. Prenúncios: À medida que Jó pondera a causa de sua miséria, três perguntas vieram à sua mente, todas as quais são respondidas apenas em nosso Senhor Jesus Cristo. Essas questões ocorrem no capítulo 14. Primeiro, no versículo 4, Jó pergunta: “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!?” A pergunta de Jó vem de um coração que reconhece que não pode agradar a Deus ou se justificar diante dEle. Deus é santo, nós não. Portanto, existe um grande abismo entre Deus e o homem que foi causado pelo pecado. Mas a resposta à pergunta angustiada de Jó é encontrada em Jesus Cristo. Ele pagou pela penalidade dos nossos pecados e trocou-a por Sua justiça, tornando-nos assim aceitáveis aos olhos de Deus (Hebreus 10:14, Colossenses 1:21-23, 2 Coríntios 5:17). A segunda pergunta de Jó: “O homem, porém, morre e fica prostrado; expira o homem e onde está?" (Versículo 10) é uma outra pergunta sobre a eternidade, vida e morte que é respondida apenas em Cristo. Com Cristo, a resposta a “expira o homem e onde está?” é vida eterna no céu. Sem Cristo, a resposta é uma eternidade nas “trevas” onde há “choro e ranger de dentes” (Mateus 25:30). A terceira pergunta de Jó, encontrada no versículo 14, é: “Se um homem morre, viverá outra vez?” Mais uma vez, a resposta é encontrada em Cristo. Nós realmente viveremos de novo se estamos nEle. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15:54-55). Aplicação Prática: O Livro de Jó nos lembra que existe um “conflito cósmico” acontecendo por trás das cenas sobre o qual normalmente não sabemos nada. Muitas vezes nos perguntamos por que Deus permite algo, e acabamos questionando/duvidando da bondade de Deus sem ver a imagem completa. O Livro de Jó nos ensina a confiar em Deus em todas as circunstâncias. Devemos confiar no Senhor não apenas QUANDO não entendemos, mas PORQUE não entendemos. O salmista nos diz: “O caminho de Deus é perfeito” (Salmo 18:30). Se os caminhos de Deus são “perfeitos”, então podemos confiar que tudo o que Ele faz e tudo o que Ele permite também é perfeito. Isso pode não nos parecer possível, mas nossas mentes não são a mente de Deus. É verdade que não devemos antecipar que entenderemos a sua mente perfeitamente, pois Ele nos lembra “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55:8-9). No entanto, a nossa responsabilidade para com Deus é obedecer e confiar nEle, submetendo-nos à sua vontade, quer entendamos ou não. ESBOÇO DO LIVRO I. Prólogo (caps. 1 - 2) A. A felicidade de Jó (1.1 – 5) B. A provação de Jó (1.6 – 2.13) 1. Primeira acusação de Satanás (1.6-12) 2. A fé de Jó, a despeito das perda dos filhos e dos bens (1.13-22) 3. Segunda acusação de Satanás (2.1-6) 4. A fé de Jó durante o sofrimento (2.7-10) 5. A chegada dos três amigos (2.11-13) II. Diálogo-discussão (caps. 3 – 27) A. A lamentação inicial de Jó (cap.3) B. Primeiro ciclo de discursos (caps.4 – 14) 1. Elifaz (caps.4, 5) 2. Resposta de Jó (caps. 6, 7) 3. Bildade (cap.8) 4. Resposta de Jó (caps. 9, 10) 5. Zofar (cap.11) 6. Resposta de Jó (caps.12-14) C. Segundo ciclo de discursos (caps.15 – 21) 1. Elifaz (cap.15) 2. Resposta de Jó (caps. 16,17) 3. Bildade (cap.8) 4. Resposta de Jó (cap.19) 5. Zofar (cap.20) 6. Resposta de Jó (cap.21) D. Terceiro ciclo de discursos (caps.22 – 26) 1. Elifaz (cap.22) 2. Resposta de Jó (caps. 23,24) 3. Bildade (cap.25) 4. Resposta de Jó (cap.26) E. Discurso final de Jó (cap.27) III. Interlúdio sobre sabedoria (cap.28) IV. Monólogos 29.1 – 42.6) A. Jó clama por vindicação (caps.29 – 31) 1. Sua honra e bem-aventurança no passado (cap.29) 2. Sua desonra e sofrimento no presente (cap.30) 3. Seus protestos de inocência e juramento final (cap.31) B. Discursos de Eliú (caps.32 – 37) 1. Introdução (32.1-5) 2. Os discursos propriamente ditos (32.6 – 37.24) a. Primeiro discurso (32.6 – 33.33) b. Segundo discurso (cap.34) c. Terceiro discurso (cap.35) d. Quarto discurso (cap.36, 37) C. Discursos divinos (38.1 – 42.6) 1. Primeiro discurso de Deus (38.1 – 40.2) 2. Resposta de Jó ( 40.3-5) 3. Segundo discurso de Deus (40.6 – 41.34) 4. Jó arrepende-se (42.1 – 6) V. Epílogo (42.7-17) A. Veredicto de Deus (42-9) B. Restauração de Jó (42.10-17) Fonte: Bíblias de Estudo: NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”. Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza

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