terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Livro do Evangelho de Mateus (1º Evangelho) – Estudo
Plano de leitura
Número total capítulos: 28
Total de versículos: 1071
Tempo aproximado de leitura: 60 min
O Evangelho segundo Mateus (em grego: κατὰ Ματθαῖον εὐαγγέλιον, transl. katá Matthaion euangelion , ou τὸ εὐαγγέλιον κατὰ Ματθαῖον, transl. to euangelion katá Matthaion), abreviado para Evangelho de Mateus, é um dos quatro evangelhos canônicos, o primeiro livro do Novo Testamento. Este evangelho sinótico “incluem muitos dos mesmos episódios, muitas vezes, na mesma sequência, e às vezes até na mesma formulação” (junto com o Evangelho de Marcos e Lucas) é um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. Ele detalha a história de sua genealogia até a Grande Comissão (morte e ressurreição).
O Evangelho de Mateus está muito alinhado com o judaísmo do primeiro século, e tem sido associado aos evangelhos judaico-cristãos; ressalta como Jesus cumpriu as profecias judaicas. Alguns detalhes da vida de Jesus, de sua infância, em particular, estão relacionados somente em Mateus. Seu evangelho é o único a mencionar a Igreja ou eclesia. Mateus também enfatiza a obediência e a preservação da lei bíblica. Uma vez que este evangelho tem prosa ritmada e muitas vezes poética, que ele é adequado para a leitura pública, tornando-se uma escolha popular litúrgica.
Alguns estudiosos acreditam que o Evangelho de Mateus foi composto na parte final do primeiro século por um judeu cristão, o período mais aceitável por evidências históricas é entre a queda de Jerusalém 70 D.C. e de Inácio de Antioquia escrever a Epístola aos Esmirniotas ao redor de 115 D.C., na qual Inácio cita a "parábola das Bodas" de Mt 22 assim como Mt 3:15. Escritos cristãos primitivos diziam que Mateus, o apóstolo, o escreveu em hebraico. Muitos estudiosos hoje acreditam que o Mateus canônico foi originalmente escrito em grego por uma testemunha cujo nome é desconhecido para nós e baseado em fontes como o Evangelho segundo Marcos. No entanto, alguns estudiosos como Craig Blomberg, um professor especialista em Novo Testamento no Seminário Denver, discordam destas teorias em diversos pontos e defendem que Mateus de fato escreveu o Evangelho.
O Evangelho segundo Mateus pode ser dividido em cinco seções distintas: o Sermão da Montanha (cap. 5, 6 e 7), as Instruções para a missão aos doze apóstolos (cap 10), o Discurso das Parábolas (cap. 13), instruções para a comunidade (18), o Sermão do Monte das Oliveiras (cap. 24-25).
É seguido pelo Evangelho de Marcos, Lucas e João, nessa ordem. Para o uso litúrgico na Igreja Católica Romana, os evangelhos são apresentados desde o Concílio Vaticano II num livro chamado de evangeliário.
QUEM ERA MATEUS
Mateus, que tinha por sobrenome Levi, e cujo nome significa “dádiva do Senhor” era cobrador de impostos em Cafarnaum a serviço do Império Romano, mas abandonou sua carreira profissional e uma vida de riquezas para seguir a Jesus (Mt 9.9-13). No Evangelho de Marcos e Lucas, Mateus é chamado de Levi. A única referencia que o autor faz a seu próprio respeito é chamar-se de “publicano”, termo pejorativo na época. Os outros evangelhos falam da grande festa que ele deu para Jesus e registram o fato significativo de ter deixado tudo para seguir o Mestre. E ele era sem dúvida um homem com grandes recursos.
Este Evangelho é conhecido como o Evangelho de Mateus porque foi escrito pelo apóstolo do mesmo nome. O estilo do livro é exatamente o que seria esperado de um homem que já foi um cobrador de impostos. Mateus tem um grande interesse em contabilidade (18:23-24; 25:14-15). O livro é muito ordenado e conciso. Ao invés de escrever em ordem cronológica, Mateus organiza este Evangelho através de seis discursos.
Como cobrador de impostos, Mateus tinha uma habilidade que torna seus escritos ainda mais emocionantes para os cristãos. Esperava-se que os coletores de impostos fossem capazes de escrever em uma forma de taquigrafia, o que essencialmente significa que Mateus podia gravar as palavras de uma pessoa à medida que falavam, palavra por palavra. Essa capacidade significa que as palavras de Mateus não são apenas inspiradas pelo Espírito Santo, mas devem representar uma transcrição real de alguns dos sermões de Cristo. Por exemplo, o Sermão da Montanha, como registrado nos capítulos 5-7, é quase certamente uma gravação perfeita daquela grande mensagem.
Quando foi escrito: Como um apóstolo, Mateus escreveu este livro no início do período da igreja, provavelmente por volta de 50 dC. Essa foi uma época em que a maioria dos cristãos eram judeus convertidos, assim, o foco de Mateus na perspectiva judaica neste evangelho é compreensível
Propósito: Mateus tem a intenção de provar aos judeus que Jesus Cristo é o Messias prometido. Mais do que qualquer outro evangelho, Mateus cita o Antigo Testamento para mostrar como Jesus cumpriu as palavras dos profetas judeus. Mateus descreve em detalhes a linhagem de Jesus desde Davi e usa muitas expressões familiares aos judeus. O amor e preocupação de Mateus por seu povo é visível através de sua abordagem minuciosa de contar a história do evangelho.
Versículos-chave: Mateus 5:17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.”
Mateus 5:43-44: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.”
Mateus 6:9-13: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal {pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém}!”
Mateus 16:26: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (fala de um coletor de impostos).
Mateus 22:37-40: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.”
Mateus 27:31: “Depois de o terem escarnecido, despiram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias vestes. Em seguida, o levaram para ser crucificado.”
Mateus 28:5-6: “Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia.”
Mateus 28:19-20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Resumo capítulos: Mateus discute a linhagem, nascimento e início da vida de Cristo nos dois primeiros capítulos. Daí, o livro discute o ministério de Jesus. As descrições dos ensinamentos de Cristo estão organizadas na forma de “discursos”, como o Sermão da Montanha nos capítulos 5 a 7. Capítulo 10 envolve a missão e propósito dos discípulos; capítulo 13 é uma coleção de parábolas, capítulo 18 discute a igreja, capítulo 23, começa um discurso sobre hipocrisia e o futuro. Os capítulos 21 a 27 discutem a prisão, tortura e execução de Jesus. O capítulo final descreve a ressurreição e a Grande Comissão.
Conexões: Como o objetivo de Mateus é apresentar Jesus Cristo como Rei e Messias de Israel, ele cita o Antigo Testamento mais do que os outros três escritores dos evangelhos. Mateus cita mais de 60 vezes passagens proféticas do Antigo Testamento, demonstrando como Jesus as cumpriu. Ele começa seu evangelho com a genealogia de Jesus, traçando sua linhagem até Abraão, o progenitor dos judeus. De lá, Mateus cita extensivamente os profetas, muitas vezes utilizando a frase “como foi dito pelo (s) profeta (s)” (Mateus 1:22-23, 2:5-6, 2:15, 4:13-16, 8 :16-17, 13:35, 21:4-5). Estes versículos referem-se às profecias do Antigo Testamento acerca do Seu nascimento virginal (Isaías 7:14) em Belém (Miqueias 5:2), Seu retorno do Egito após a morte de Herodes (Oseias 11:1), Seu ministério aos gentios (Isaías 9:1-2; 60:1-3), Suas curas milagrosas do corpo e alma (Isaías 53:4), Suas lições na forma de parábolas (Salmos 78:2) e Sua entrada triunfal em Jerusalém (Zacarias 9:9).
Aplicação Prática: O Evangelho de Mateus é uma excelente introdução aos ensinamentos fundamentais do Cristianismo. O estilo lógico do esquema facilita a localização das discussões de vários temas. Mateus é especialmente útil para a compreensão de como a vida de Cristo foi o cumprimento das profecias do Antigo Testamento.
Seus compatriotas judeus eram a audiência a quem se dirigia Mateus e muitos deles — especialmente os fariseus e saduceus — teimosamente recusaram-se a aceitar Jesus como seu Messias. Apesar de séculos lendo e estudando o Antigo Testamento, seus olhos estavam cegos para a verdade de quem era Jesus. Jesus os repreendeu por seus corações duros e sua recusa em reconhecer Aquele por quem supostamente estavam aguardando (João 5:38-40). Eles queriam um Messias em seus próprios termos, uma pessoa que cumprisse os seus próprios desejos e fizesse o que eles quisessem. Quantas vezes buscamos a Deus em nossos próprios termos? Não o rejeitamos quando lhe atribuímos apenas os atributos que consideramos aceitáveis, aqueles que nos fazem sentir bem — Seu amor, misericórdia, graça — enquanto rejeitamos aqueles que consideramos ofensivos — Sua raiva, justiça e ira santa? Que não nos atrevamos a cometer o erro dos fariseus, criando Deus em nossa própria imagem e em seguida esperar que Ele viva de acordo com nossos padrões. Tal deus é nada mais do que um ídolo. A Bíblia nos dá informação mais do que suficiente sobre a verdadeira natureza e identidade de Deus e de Jesus Cristo para justificar a nossa adoração e a nossa obediência.
ESBOÇO DE MATEUS
1. Nascimento e infância do Messias – 1.1 a 2.23
2. Preparo do Messias para seu ministério – 3.1 a 4.11
3. Grande ministério na Galiléia – 4.12 a 13.58
4. O ministério das retiradas do Messias – 14.1 a 18.35
5. O Messias vai a Jerusalém para sofrer e morrer – 19.1 a 20.34
6. Últimos dias do Messias – 21.1 a 28.20
Observe que a maior parte do ministério de Jesus foi na Galiléia, a região mais desprezada de Israel. Por isso ele foi chamado de “galileu” (26.69). Isto não era um elogio, propriamente.
Fonte:
Bíblias de Estudo:
NVI - Ed. Vida | Thompson - Ed. Vida | Genebra - Sbb | Plenitude - Sbb | King James - Ed. BV
Panorama do Antigo Testamento - Ed. Vida | Dicionário Bíblico - Ed. Didática Paulista
Módulos de Teologia: Faculdade Teológica Betesda | Faculdade Teológica Izabella Hendrix | Instituto Teológico Ébeneser | Wikipédia | Diversos “artigos Internet”.
Igreja Batista Getsêmani | Missão Bernardo Monteiro
Escola Bíblica Dominical: Pr. Ronny Souza
(31) 98682-9332 | 99299-8056 | 97175-1614
: ronisouza2003@gmail.com
Follow us: @Pronnysouza on
ronny souza on
@ronnyAsouza on Instagram
Este e outros estudos você encontra no endereço abaixo:
Blog.: http://www.vivendoemplenitude.blogspot.com.br/
Ministério “Abençoando vidas”
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Medite

Que tipo de fruto você tem produzido?
Nenhum comentário:
Postar um comentário