terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Livro de Joel – Estudo
Plano de leitura
Número total capítulos: 3
Total de versículos: 73
Tempo aproximado de leitura: 20 min
Breve Resumo:
O Livro de Joel faz parte do Antigo Testamento, vem depois do Livro de Oseias e antes do Livro de Amós. Segundo a tradição, foi escrito pelo profeta Joel.
Alguns sustentam que foi escrito no final da era monárquica, mas maioria dos exegetas sustenta que foi escrito após o Exílio na Babilônia e após a reconstrução do Templo, ou seja, aproximadamente em 400 AC, pois o livro não se refere a nenhum rei, nem ao Exílio.
A mensagem do livro fala sobre o "julgamento que Deus fará contra os inimigos de Israel e, de uma perspectiva escatológica, a vitória final do povo de Deus".
Joel é considerado por alguns, como um dos mais antigos profetas, cujos escritos chegaram até nós. Segundo esses estudiosos, é possível que quando jovem Joel tenha conhecido tanto Elias como Eliseu. Sua história pessoal aparece num versículo: “Palavra do Senhor, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel” (1.1). Seu nome significa “Jeová é meu Deus”. Seu ministério foi para Judá. Joel costuma ser chamado “o profeta do avivamento religioso”.
Apesar de não haver informações diretas sobre a localização geográfica em que vivia Joel, sabe-se que era de Judá. O interesse aguçado por Jerusalém e pelos que trabalhavam no Templo, sugere que ele tenha vivido em Jerusalém e tenha ministrado como um profeta do Templo. Embora nada indique que ele tenha sido sacerdote, Joel orava em favor do povo (1.19,20).
As dúvidas sobre a época em que o profeta Joel viveu dificultam a interpretação do que ele escreveu.
Pode-se dividir o livro em duas partes:
• Os dois primeiros capítulos narram uma terrível invasão de gafanhotos que devasta a plantação do país. Diante disso, Joel pede a participação de todos (profetas, sacerdotes e povo), numa grande manifestação de penitência e jejum, para suplicar a Deus que afaste a catástrofe;
esta liturgia penitencial permite caracterizar Joel como um profeta cultual, ligado ao serviço do Templo;
Deus mostra a sua misericórdia e anuncia a libertação da praga e as bênçãos para uma nova plantação. Como o profeta compara esses gafanhotos a um exército, talvez se possa pensar que ele esteja falando de uma invasão inimiga;
• Os dois últimos capítulos descrevem o julgamento de Deus sobre as nações e a vitória final; a efusão do espírito profético sobre todo o povo na era escatológica (3:1-5) responde ao anseio de Moisés em Nm 11:29.
Parece que a primeira parte não tem nada a ver com a segunda. Mas, uma expressão une o livro todo: o Dia de Javé, isto é, o Juízo final. Então, o que na primeira parte eram gafanhotos ou exército inimigo, na segunda se transforma em exército de Deus; a praga se torna apenas uma comparação para exemplificar o Grande Dia em que a humanidade prestará contas a Deus. Assim como afastou ele os gafanhotos, também a misericórdia de Deus, alcançada pela penitência e jejum, transforma o julgamento em dia de libertação e salvação: arrasada a plantação, ela surge nova e viçosa. Desse modo, uma praga de gafanhotos observada atentamente serviu para que Joel anunciasse o Juízo final.
Autor: O Livro de Joel afirma que o seu autor foi o profeta Joel (Joel 1:1), foi provavelmente escrito entre 835 e 800 AC.
Propósito: A nação de Judá, o cenário para o livro, é devastada por uma vasta horda de gafanhotos. Essa invasão de gafanhotos destrói tudo — os campos de trigo, as vinhas, os jardins e as árvores. Joel descreve simbolicamente os gafanhotos como um exército humano marchando e enxerga tudo isso como julgamento divino sobre a nação por seus pecados. O livro é destacado por dois grandes eventos. Um deles é a invasão de gafanhotos e o outro é a efusão do Espírito. A realização inicial deste evento é citado por Pedro em Atos 2 como tendo acontecido no dia de Pentecostes.
Versículos-chave: Joel 1:4: “O que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor.”
Joel 2:25: “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros.”
Joel 2:28: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões.”
Resumo: Uma terrível praga de gafanhotos é seguida por uma grande fome em toda a terra. Joel usa esses acontecimentos como o catalisador para enviar palavras de aviso a Judá. A menos que o povo se arrependa rapidamente e completamente, os exércitos inimigos devorarão a terra assim como fizeram os elementos naturais. Joel apela a todo o povo e os sacerdotes da terra para que jejuem e se humilhem enquanto buscam o perdão de Deus. Se eles responderem, haverá novas bênçãos materiais e espirituais para a nação. No entanto, o Dia do Senhor está chegando. Neste momento, os gafanhotos temidos vão parecer como mosquitos, em comparação, pois todas as nações receberão Seu julgamento.
O tema principal do livro de Joel é o Dia do Senhor, um dia da ira e do juízo de Deus. Este é o dia em que Deus revela os Seus atributos de poder, ira e santidade, e é um dia terrível para Seus inimigos. No primeiro capítulo, o Dia do Senhor é vivido historicamente pela praga de gafanhotos sobre a terra. Capítulo 2:1-17 é um capítulo de transição em que Joel usa a metáfora da praga de gafanhotos e da seca para renovar um apelo ao arrependimento. Capítulos 2:18-3:21 descreve o Dia do Senhor em termos escatológicos e atende à chamada ao arrependimento com as profecias de restauração física (2:21-27), restauração espiritual (2:28-32) e restauração nacional (3:1-21).
Prenúncios: Sempre que o Antigo Testamento fala de julgamento sobre o pecado, seja este o pecado individual ou nacional, o advento de Jesus Cristo é prenunciado. Os profetas do Antigo Testamento continuamente advertiram Israel a arrepender-se, mas mesmo quando o fizeram, o seu arrependimento era limitado à obediência da lei e obras. Os seus sacrifícios no templo eram apenas um vestígio do grande sacrifício por vir, o qual seria oferecido de uma vez por todas na cruz (Hebreus 10:10). Joel nos diz que o juízo final de Deus, que cai no Dia do Senhor, será “mui terrível! Quem o poderá suportar?” (Joel 2:11). A resposta é que nós, por nossa própria conta, nunca poderemos aguentar esse momento. Mas se tivermos colocado nossa fé em Cristo pela expiação dos nossos pecados, não temos nada a temer do Dia do Juízo.
Aplicação Prática: Sem arrependimento, o julgamento será severo, rigoroso e certo. Nossa confiança não deve estar em nossas posses, mas no Senhor nosso Deus. Deus às vezes pode usar a natureza, o sofrimento ou outras ocorrências comuns para nos aproximar dEle. Entretanto, em Sua misericórdia e graça, Ele tem providenciado o plano definitivo para a nossa salvação, Jesus Cristo. Ele foi crucificado por nossos pecados e trocou o nosso pecado pela Sua perfeita justiça (2 Coríntios 5:21). Não há tempo a perder. O julgamento de Deus virá rapidamente, como um ladrão na noite (1 Tessalonicenses 5:2), e devemos estar prontos. Hoje é o dia da salvação (2 Coríntios 6:2). “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Isaías 55:6-7). Somente ao apropriar-nos da salvação de Deus é que podemos escapar de Sua ira no Dia do Senhor.
Conclusão: Os gafanhotos foram realmente insetos que devastaram as plantações dos judeus. A destruição literal é realçada pela descrição que Joel faz dos gafanhotos a partir de 1:4. A ênfase não está nos vários tipos de gafanhotos, pois não é intensão de Joel fazer um tratado biológico, mas sim demonstrar a gravidade da destruição que acontecera. Esta destruição foi tão terrível que Joel não pôde evitar uma comparação com o terrível dia do Senhor que se aproximava.
O pentecoste
O oráculo de Joel acerca do derramamento do Espírito do Senhor teve um cumprimento muito além dos ouvintes originais. O apóstolo Pedro não hesita em afirmar este cumprimento no dia de Pentecostes, na origem da igreja cristã. Na verdade, este cumprimento vai ao encontro do antigo desejo de Moisés descrito em Números 11:29: “Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito”.
Quando o Espírito Santo encheu todos os presentes na reunião no cenáculo, Pedro explicou que o acontecimento cumpria a profecia de Joel, descrita em 2:28-32. Os aspectos do derramamento do Espírito e a invocação do Senhor para a salvação foram suficientes para Pedro estabelecer a relação, embora alguns aspectos como sangue, fogo e nuvens de fumaça não tenham se concretizado naquele dia. Neste episódio a Igreja é alistada para anunciar a mensagem escatológica do dia do Senhor que vem chegando
Estrutura de Joel
O livro de Joel segue o esboço abaixo:
• Introdução – 1:1
o A praga de gafanhotos e a crise
o A descrição da praga – 1:2-12
o O julgamento representado pela praga – 1:15-20
• A iminência do Dia do Senhor
o A descrição do exército de gafanhotos – 2:1-11
o Um apelo ao arrependimento – 2:12-17
o Restauração após a praga – 2:18-27
• O dia do Senhor
o A descrição do dia do Senhor – 2:28-32
o O julgamento dos povos – 3:1-17
o A restauração de Judá – 3:18-20
Fonte:
Bíblia de Estudo NVI – Editora Vida;
Bíblia de Estudo de Genebra – Sociedade Bíblica do Brasil;
Bíblia de estudo King James;
Bíbla Plenitude - Editora SBB;
Bíblia de Estudo Thompson;
Panorama do Antigo Testamento – Editora Vida;
Dicionário Bíblico – Editora Didática Paulista;
Módulo de Teologia da Faculdade Teológica Betesda;
Wikipédia; (Diversos: artigos “Internet”).
Escola Bíblica Dominical
Igreja Batista Getsêmani – Missão Bernardo Monteiro
Pr. Ronny Souza
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