terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Livro de Naum – Estudo
Plano de leitura
Número total capítulos: 3
Total de versículos: 47
Tempo aproximado de leitura: 10 min
Breve Resumo:
O livro de Naum (sig. = conforto) é um livro do Velho Testamento da Bíblia Cristã, vem depois do livro de Miqueias e antes do Livro de Habacuque e da Tanakh judaica. Ele permanece em sétimo na ordem entre o que é conhecido como os doze Profetas Menores.
Este livro é uma "pronúncia contra Nínive", capital do Império Assírio. Para os crentes, o cumprimento histórico daquela pronúncia profética atestaria a autenticidade do livro. O livro teria sido escrito algum tempo depois de a cidade egípcia de Nô-Amom (Tebas) sofrer uma derrota no Século VII a.C. e completado antes da predita destruição de Nínive em 632 a.C..
Na história antiga, como na moderna, as grandes potências se sucedem e lutam na ânsia de dominar o mundo e os homens. Este livro contém a visão da queda de um desses impérios: a Assíria, o leão que enchia a toca de caça (2:13), o opressor de Israel (1:12-13). É um canto do oprimido que sentia a que libertação se aproximava, porque o Império que dominava as nações estava prestes a vir abaixo.
Um salmo inicial mostra Javé como juiz que age na história (1:2-8). Ele é apresentado como o Deus ciumento e vingador, cheio de furor (1:2) e ao mesmo tempo como o Deus bom, o abrigo para os que são perseguidos (1:7). Já nesse salmo, Javé aparece como o Senhor de tudo e de todos, oprimidos e opressores, mas de maneira diferente.
Nas sentenças seguintes (1:9-2:1), dirigidas alternadamente ao oprimido (Judá) e ao opressor (Assíria), Javé também se apresenta alternadamente, como vingador e bom.
A ruína de Nínive, capital da Assíria (2:2-3:19), é descrita de maneira grandiosa e sem meios-termos, não deixando dúvidas sobre quem destrói a capital sanguinária e idólatra: é o próprio Deus (2:14; 3:5).
Naum deixa claro que os grandes poderes do mundo não são eternos. Por mais que dominem e amontoem, por mais que oprimam e humilhem os pequenos, um dia eles ruirão como Nínive. Aliás, desaparecerão da história justamente porque agem dessa maneira. Sobre todos os opressores obstinados pesa o julgamento implacável de Deus, que toma o partido dos oprimidos.
É uma obra da época em que a compreensão de Deus estava associada a um nacionalismo violento, compreensão essa que vai ser superada a partir de obras do tempo do Exílio na Babilônia, como os capítulos 40 a 55 do Livro de Isaías, e pela pregação de Jesus relatada nos Evangelhos.
Esse opúsculo alimentou as esperanças humanas de Israel em 612 AC, mas a alegria foi efêmera, pois a ruína de Jerusalém também estava próxima.
A brutalidade Assíria: Embora os filisteus sejam bastante citados nos embates com o povo israelita e a Babilônia tenha sido a responsável pela derrota de Judá, os assírios são tomados como o inimigo mais vil no Antigo Testamento.
Suas práticas militares genocidas levaram o terror ao Oriente Médio por mais de dois séculos. Seus prisioneiros eram submetidos a torturas, amputações, esfolamentos e outras perversidades como a impalação (morte por estacas)
Naum foi o proclamador da justiça divina que não deixou a brutalidade assíria sem castigo. A mensagem de Naum é que Javé é soberano sobre todas as nações, mesmo que essas nações não invoquem seu nome. Além disto, a queda de Nínive não é explicada pela recursividade histórica, mas em virtude da ação vindicadora do Senhor em face de toda a injustiça.
Jonas já havia estado em Nínive no século VIII a.C. para proclamar o juízo de Javé sobre a cidade. Naquela época houve arrependimento e Nínive foi poupada. Mais de um século depois, Naum decretou o fim de Nínive, entretanto, dessa vez, não houve arrependimento e a capital Assíria foi destruída.
Autor: O autor do livro de Naum se identifica como Naum (em hebraico “Consolador” ou “Confortador”), o elcosita (1:1). Há muitas teorias a respeito de onde essa cidade era localizada, embora não haja evidências conclusivas. Uma teoria é que ela se refere à cidade mais tarde conhecida como Cafarnaum (que literalmente significa “aldeia de Naum”) no mar da Galileia.
Quando foi escrito: Dada a limitada quantidade de informações que sabemos sobre Naum, o melhor que podemos fazer é reduzir o prazo em que o Livro de Naum foi escrito a entre 663 e 612 aC. Dois eventos são mencionados que nos ajudam a determinar essas datas. Primeiro, Naum menciona Tebas (no Amon) no Egito caindo aos assírios (663 aC) no tempo passado, então isso já tinha acontecido. Em segundo lugar, o restante das profecias de Naum se tornaram realidade em 612 aC.
Propósito: Naum não escreveu este livro como uma advertência ou uma “chamada ao arrependimento” para o povo de Nínive. Deus já tinha enviado o profeta Jonas 150 anos antes com Sua promessa do que aconteceria se continuassem em seus maus caminhos. As pessoas daquela época haviam se arrependido, mas agora viviam tão mal (se não pior) do que antes. Os assírios tinham se tornado absolutamente brutais em suas conquistas (entre outras atrocidades, eles penduravam os corpos de suas vítimas em postes e colocavam a sua pele nas paredes das suas tendas). Agora Naum estava dizendo ao povo de Judá para não se desesperarem porque Deus havia pronunciado julgamento e os assírios em breve estariam recebendo o que mereciam.
Versículos-chave:
Naum 1:7: “O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.”
Naum 1:14a: “Porém contra ti, Assíria, o SENHOR deu ordem que não haja posteridade que leve o teu nome.”
Naum 1:15a: “Eis sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, do que anuncia a paz!” Veja também Isaías 52:7 e Romanos 10:15.
Naum 2:13a: “Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Naum 3:19: “Não há remédio para a tua ferida; a tua chaga é incurável; todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?”
Resumo: Nínive já tinha uma vez respondido à pregação de Jonas e abandonado seus maus caminhos para servir ao Senhor Deus Jeová. Entretanto, 150 anos depois, Nínive retornou à idolatria, violência e arrogância (Naum 3:1-4). Mais uma vez Deus envia um de Seus profetas para Nínive para pregar julgamento na destruição da cidade e exortá-los ao arrependimento. Infelizmente, os ninivitas não prestaram atenção à advertência de Naum e a cidade ficou sob o domínio da Babilônia.
Prenúncios: Paulo repete Naum 1:15 em Romanos 10:15 em relação ao Messias e Seu ministério, bem como aos apóstolos de Cristo no Seu tempo. Também pode ser aplicado a qualquer ministro do Evangelho cuja atividade é “pregar o Evangelho da paz”. Deus se reconciliou com pecadores através do sangue de Cristo, e tem dado ao Seu povo a paz que “excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7). O dever do pregador é também “anunciar boas-novas”, tais como a reconciliação, a justiça, o perdão, a vida e a salvação eterna por um Cristo crucificado. A pregação desse Evangelho e a transmissão dessas notícias tornam seus pés realmente lindos. A imagem aqui é de alguém que corre para os outros, feliz e ansioso para anunciar a Boa Nova.
Aplicação Prática: Deus é paciente e tardio para se irar. Ele dá a cada país o tempo para anunciá-lo como seu Senhor. Entretanto, Ele não se deixa escarnecer. Toda vez que um país se afasta dEle para servir aos seus próprios motivos, Ele avança com julgamento. Quase 220 anos atrás os Estados Unidos foram formados como uma nação guiada por princípios encontrados na Bíblia. Nos últimos 50 anos isso mudou e agora se dirigem diariamente na direção oposta. Como cristãos, é nosso dever defender os princípios bíblicos e a verdade bíblica pois a Verdade é a única esperança para o nosso e qualquer outro país
Estrutura de Naum
Os oráculos de Naum podem ser esboçados da seguinte forma:
O juiz – Cap. 1
A queda – Cap. 2
O lamento – Cap. 3
Fonte:
Bíblia de Estudo NVI – Editora Vida;
Bíblia de Estudo de Genebra – Sociedade Bíblica do Brasil;
Bíblia de estudo King James;
Bíbla Plenitude - Editora SBB;
Bíblia de Estudo Thompson;
Panorama do Antigo Testamento – Editora Vida;
Dicionário Bíblico – Editora Didática Paulista;
Módulo de Teologia da Faculdade Teológica Betesda;
Wikipédia; (Diversos: artigos “Internet”).
Escola Bíblica Dominical
Igreja Batista Getsêmani – Missão Bernardo Monteiro
Pr. Ronny Souza
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Este e outros estudos você encontra no endereço abaixo:
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